Justiça autorizou o ex-deputado Pedro Henry, que cumpre pena pela condenação no mensalão, a trabalhar em um hospital de Cuiabá (MT)
Laryssa Borges, de Brasília
Pedro Henry, ex-líder do PP no governo Lula
(Lindomar Cruz / Agência Brasil)
De acordo com a oferta de emprego assinada pelo sócio-proprietário do hospital, José Ricardo Mello, Henry atuará como coordenador da clínica médica e terá salário inicial de 7.500 reais. Ele não poderá deixar o hospital durante o trabalho e, no futuro, terá de usar tornozeleira eletrônica.
“Determino que o sentenciado Pedro Henry Neto, que teve acolhida sua proposta de trabalho, não se ausente do local onde for prestá-lo. Mesmo porque, tão logo o Estado de Mato Grosso implante o sistema de tornozeleiras eletrônicas, tal controle será realizado por esse equipamento”, diz trecho da decisão que autorizou o trabalho externo. Por ora, o Setor Social do Fórum de Cuiabá vai monitorar as atividades do ex-deputado no hospital.
Na decisão, o juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, criticou a falta de vagas no sistema penitenciário brasileiro e impôs restrições às atividades de Henry enquanto ele estiver cumprindo pena. De acordo com despacho do juiz, o ex-deputado deve retornar diariamente ao Anexo I da Penitenciária Central do Estado, conhecido como Polinter, e permanecer recolhido das 19 horas às 6 horas da manhã. No sábado, o condenado deve voltar ao presídio às 14 horas, permanecendo encarcerado durante o restante do fim de semana.
Ainda de acordo com a decisão que autorizou o trabalho, Henry não pode frequentar casas de prostituição ou de jogos. Tampouco pode portar armas, ingerir drogas ou bebidas alcoólicas ou apresentar-se bêbado na cadeia.
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