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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Sete anos do ícone da mobilidade

Anunciado por Jobs em 2007, o smartphone da Apple se mantém na lista de eletrônicos mais desejados

A funcionária pública cearense Marília Betânia recebeu em sua casa, na última segunda-feira, a aguardada encomenda que a fez sentir parte de um clube especial: o dos usuários de iPhone. Sem estar disposta a gastar mais de R$ 2,7 mil para ter o mais recente modelo do smartphone da Apple, a consumidora cearense estava igualmente satisfeita em adquirir um iPhone 4, à venda no site da fabricante norte-americana por R$ 1.099.

Com suas sete gerações, o iPhone chegou à marca de 420 milhões de unidades vendidas em todo o mundo. O aparelho responde por 53% das vendas da Apple e por mais da metade do faturamento do mercado de smartphones
Motivada pelo glamour que a venerada marca da maçã desperta com seu design e sofisticação, Marília Betânia realizou o sonho de consumo, coincidentemente, na mesma semana em que o smartphone que se tornou ícone de uma nova era de mobilidade completou sete anos de presença no mercado. “Apesar de ser um modelo antigo, ainda é um aparelho moderno, com a possibilidade de usar bons recursos e aplicativos, sem falar no design, na marca”, diz a nova usuária da Apple.

O aparelho da funcionária pública cearense é um dos 420 milhões de iPhones vendidos mundialmente, segundo estima a empresa de pesquisa Statista. Idealizado por Steve Jobs e anunciado ao mercado em janeiro de 2007, o iPhone catapultou a Apple a um patamar nunca antes experimentado por uma empresa de eletrônicos. Hoje, o smartphone responde por 53% das vendas da companhia - que também tem o tablet iPad, os computadores Mac e os aparelhos de música iPod na sua vasta linha de produtos - e por mais da metade do faturamento global do mercado de smartphones, de acordo com a Statista.

No terceiro trimestre de 2013, segundo a IDC, o sistema iOS (presente no iPhone) foi responsável por 12,9% do mercado mundial, contra 81% do sistema Android, adotado por uma enorme lista de fabricantes. O iPhone gera hoje um faturamento de US$ 91,3 bilhões para a Apple.

A intenção do visionário executivo da companhia, Steve Jobs (que morreu em 2011, um dia após a apresentação do iPhone 4S), ao idealizar o iPhone era reunir em um único equipamento um celular revolucionário, um iPod com tela sensível ao toque e um dispositivo de bolso capaz de se conectar à internet (com e-mail, navegador, mecanismo de busca e mapas).

Ditando tendências

E, de fato, o iPhone, com seus sete modelos, revolucionou o mercado em vários aspectos, ditando tendências que foram adotadas por fabricantes em todo o mundo, até mesmo seus principais rivais. O smartphone da Apple praticamente aboliu teclados e botões físicos, com as funções disponíveis e acessíveis com um toque na tela. Foi o iPhone também quem introduziu no mercado o conceito de loja de aplicativos. Assim, também abriu espaço para o trabalho de milhares de programadores e empresas iniciantes (startups) em todo o mundo.

Até o fim do ano passado, a Apple já havia pago US$ 15 bilhões a desenvolvedores pelos aplicativos vendidos em sua App Store. Presente em 155 países, a loja de aplicativos da Apple tem 1 milhão de apps para download.
O modelo 4, lançado em 2010 - e que ainda hoje faz sucesso entre os consumidores, como uma opção de preço acessível - introduziu o recurso FaceTime, que permite a realização de chamadas de vídeo entre os usuários sem custo algum, e o chamado Retina Display (tela cuja densidade de pixels é alta o bastante que chega a ser impossível para o olho humano identificar o elemento que compõe a imagem).

O seu sucessor, iPhone 4S, lançado em novembro de 2011, trouxe o recurso de assistente de voz, a Siri. Os usuários passaram a “conversar” com o telefone para obter informações e acessar aplicativos. Em 2012, os fãs da maçã aclamaram a chegada do que seria o último iPhone planejado pelo seu criador. O iPhone 5 trouxe melhorias de velocidade, bateria e display, além da tela maior e do peso mais leve. Sua evolução veio em 2013, com duas novas versões: o 5c e o 5s.

Modelo “descolado”

O iPhone 5c, esperado inicialmente para ser um aparelho com a proposta de atender um segmento de baixo custo, mostrou-se apenas como um iPhone mais “descolado”. Com preço abaixo do cobrado pelo iPhone 5s e configuração semelhante à do iPhone 5, ele é feito de plástico, com carcaças com opção de cinco cores, e traz todas as possibilidades técnicas que os aparelhos anteriores já ofereciam. Já o iPhone 5s acrescentou a cor dourada opcional e é o primeiro a oferecer um leitor de impressões digitais para desbloqueio da tela inicial.

O aparelho também estreia o primeiro processador de 64 bits para smartphones. Além de mais rápido, esse processador, denominado A7, pode habilitar no futuro o dispositivo a usar mais de 4 GB de memória RAM e a rodar programas semelhantes aos de computadores.

Enquanto já se fala do lançamento de um próximo modelo (a sexta geração), permanece a certeza de que a Apple, mesmo sem Steve Jobs, continuará seus esforços para manter o iPhone revolucionário em seu segmento, como um ícone da mobilidade que encanta tantos sonhos de consumo em todo o mundo.

Nova geração do aparelho deve trazer tela maior

Rumores já dão conta de que a Apple vai lançar na segunda metade deste ano dois novos iPhones. Desta vez, os aparelhos devem aderir à tendência de telas maiores de 4 polegadas. Segundo reportagem publicada no site do “Wall Street Journal”, os aparelhos terão telas medindo 4,5 e 5 polegadas - enquanto o display do iPhone 5 é de 4 polegadas.

Segundo a reportagem, o lançamento de iPhones com telas maiores seria uma reação à perda de participação de mercado sofrida pela Apple para concorrentes que oferecem smartphones com telas cada vez maiores. Esta característica tem atraído os consumidores, a ponto de surgir no mercado a categoria dos "phablets" (mistura de smartphone com tablet). As grandes telas agradam a um crescente público que utiliza o aparelho não somente para comunicação, mas para ver vídeos e jogar games sofisticados. Assim, o grande rival do iPhone, o Galaxy S4, da Samsung, tem tela de 5 polegadas, e o phablet Galaxy Note 3, também da fabricante sul-coreana, tem tela de 5,7 polegadas.

Ainda de acordo com o Wall Street Journal, a Apple também voltará a utilizar revestimentos feitos de metal nos novos celulares, numa indicação de que deve descartar o modelo de plástico do iPhone 5c.

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