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domingo, 27 de novembro de 2011

Intentona comunista de 27 Nov 1935 - Solenidade na Praia Vermelha

Solenidade na Praia Vermelha

Intentona Comunista (1935). Clarim, toque Vitória!




Escrito por Texto: Com Social do CML - Fotos e comentários: Ten Mergulhão

Uma linda manhã de sol nesta sexta-feira, as Forças Armadas capitaneadas pelo Exército tendo seu Comandante, General Enzo, presidido a cerimônia, foram prestadas homenagens às vítimas da Intentona Comunista.

Os antigos Chefes, agora na Reserva, estavam todos lá. Alguns, pela adiantada idade e o sol forte, precisaram de atendimento médico. Familiares de alguns mortos também lá estavam e foram – durante a cerimônia, cumprimentados por todas as autoridades.


Um desses familiares, nosso velho conhecido, é o General de Exército Ivan de Mendonça Bastos, antigo Chefe do DEP.


Após alguns dias feios e chuvosos, Ele mandou um radiante dia de sol para abrilhantar ainda mais essa reverência aos que tombaram naquele ato covarde dos comunistas da Aliança Nacional Libertadora (ANL).

Este redator chegou cedo

e aproveitou para cumprimentar muitos dos antigos Chefes como os Generais Curado, Lessa, Carvalho, Cesário e Castro.

Mas a quantidade de amigos era grande para nominá-los todos e, ao cumprimentar o General Montezano que conversava com o General Raton, o primeiro, substituirá o General Rui no DECEX no próximo dia 20 de dezembro e o segundo, Comanda o Instituo Militar de Engenharia, deixamos aqui registrados todos os demais não esquecendo dos Coronéis Haroldo (Diretor Hospital Geral da Vila Militar) e Helder Braga (Comandante de um Batalhão de Infantaria Paraquedista) e demais amigos.


Do Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil estavam o Ten Monteiro (presidente) e dois diretores, eu e o

Ten Paulo.Eles ficaram em forma com as demais autoridades e convidados.


O texto com o roteiro,

agradeço à Ten Sheila Morello da Com Social do CML.


Chegada a hora, o pessoal da Comunicação Social do CML anunciou que se aproximavam do local da cerimônia o General de Exército Enzo Martins Peri acompanhado dos Generais Rui (Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército)

e Adriano (Comandante Militar do leste) e após os toques regulamentares foram prestadas as honras militares ao Comandante do Exército com exórdio executado pela magnífica Banda Militar do I Batalhão de Guardas, o Batalhão do Imperador.


A Tenente Sheila dizia ao

microfone: - Prestigiam esta cerimônia antigos e atuais membros do Almirantado, dos Alto-Comando do Exército e da Aeronáutica, Oficiais-Generais das Forças Armadas da Ativa e da Reserva, autoridades eclesiásticas, autoridades federais, estadua

is e municipais, senhoras e senhores convidados.


O Cel Robson a seu lado, completava: - A presente cerimônia tem por finalidade reverenciar a memória dos militares mortos na intentona comunista em 27 de novembro de 1935.


E após cantarmos junto com a tropa o Hino Nacional Brasileiro, prosseguiu o narrador e

m sua explicação, coisa que hoje, nossos jovens pouco sabem...


A intentona comunista foi uma rebelião contra o Governo

da República, liderada pela Aliança Nacional Libertadora (ANL) e tinha por objetivos derrubar o governo e tomar o poder.


O movimento ganhou adeptos dentro de Unidades do Exército, onde militares cooptados e influenciados por ideias revolucionárias, iniciaram uma rebelião no interior de algumas organizações militares do Exército.


Deflagrado na noite de 23 de novembro de 1935, em Natal, no Rio Grande do Norte, aonde, os amotinados chegaram a tomar o poder estadual durante três dias, estendeu-se para o Recife em 25 de novembro e, por último, para o Rio de Janeiro, então sede do Governo Federal, no dia 27. Em todos esses locais as lideranças do movimento esperavam obter o apoio popular

que não se concretizou.


No Rio de Janeiro, as proporções do

movimento foram mais amplas e cruéis, tendo sido deflagrados motins, simultâneos, no 3º Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha; no 2º Regimento de Infantaria e no Batalhão de Comunicações, na Vila Militar; e na Escola de Aviação, no Campo dos Afonsos. Nos Quartéis em prontidão, os amotinados, na madrugada do dia 27, feriram e mataram seus companheiros de véspera enquanto dormiam.


Assim como no Recife, a mobilização no Rio de Janeiro foi rapidamente sufocada, o que não evitou que ocorressem mortes nos confrontos entre amotinados e forças legalistas. No ataque ao 3º Regimento de Infantaria, cujo aquartelamen

to, à época, emoldurava a Praia Vermelha, localizando-se entre as atuais instalações do Circulo Militar e da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), morreram 28 militares.


Os restos mortais desses mártires repousam no mausoléu construído à nossa frente, nesta histórica Praça General Tibúrcio, e um encontra-se na cidade de Belo Horizonte.

Assim, hoje, formamos perfilados para solenemente, reverenciar a memória desses heróis que, 76 anos atrás, tombaram no triste e sangrento episódio da intentona comunista. Militares que levaram ao extremo o juramento firmado ao ingressarem nas fileiras do Exército, de defender a Pátria, mesmo com o sacrifício da própria vida.


Este ato, repetido anualmente, mantém viva em nossa memóri

a a lembrança dos horrores da traição praticada nos quartéis em 35, alertando aos militares de hoje e de amanhã, sobre os perigos que podem advir da presença de ideologias políticas no interior das Unidades e renovando o permanente compromisso das Forças Armadas com a defesa da Pátria e dos ideais democráticos da Nação Brasileira.

Após esta alocução o Comandante do Exército, General Enzo, acompanhado por familiares dos mortos, o General de Exército Ivan de Mendonça Bastos e a Senhora Irma Paladini da Silveira, fizeram aposição de uma coroa de flores junto ao Mausoléu guarnecido por militar

es trajando uniformes históricos do 1º Batalhão de Guardas, Batalhão do Imperador, onde estão guardados aqueles que deram suas vidas em prol dos ideais democráticos em 1935.

Na sequencia, foi executado

o toque de silêncio em memória aos nossos companheiros e ao mesmo tempo uma Bateria do 31º GAC (escola) executou uma Salva de Gala (15 tiros).


Após, as mais altas autoridades foram cumprimentar os familiares dos heróis tombados em novembro de 1935 retornando a seus lugares...

E antão veio o ponto que mais me emocionou da cerimônia. Foi feita uma chamada nominal das vítimas a que todos os presentes respondiam PRESENTE!

E prosseguiu o narrador: - Em homenagem aos heróis que de maneira tão dignificante contribuíram para a manutenção dos elevados anseios de liberdade e de democracia do povo brasileiro, será procedida a chamada nominal dos que tembaram em 1935.

Ten Cel MISAEL DE MENDONÇA

Majores: ARMANDO DE SOUZA MELLO e

JOÃO RIBEIRO PINHEIRO

Capitães: GERALDO DE OLIVEIRA

DANILO PALADINI e

BENEDITO LOPES BRAGANÇA

1º Tenente JOSÉ SAMPAIO XAVIER

2º Tenente LAUDO LEÃO DE SANTA ROSA

Segundos Sargentos: JOSÉ BERNARDO ROSA e

JAIME PANTALEÃO DE MORAIS

Terceiros Sargentos: CORIOLANO FERREIRA SANTIAGO

ABDIEL RIBEIRO DOS SANTOS e

GREGÓRIO SOARES

Primeiros Cabos: LUIZ AUGUSTO PEREIRA e

ANTONIO CARLOS BOTELHO

Segundos Cabos: ALBERTO BERNARDINO DE ARAGÃO

PEDRO MARIA NETTO

FIDÉLIS BATISTA DE AGUIAR

JOSÉ HERMITO DE SÁ

CLODOALDO URSULANO

MANOEL BIRÊ DE AGRELLA e

FRANCISCO ALVES DA ROCHA

Soldados: LUIZ GONZAGA

LINO VITOR DOS SANTOS

JOÃO DE DEUS ARAÚJO

ÁLVARO DE SOUZA PEREIRA

GENARO PEDRO LIMA

WILSON FRANÇA

PÉRICLES LEAL BEZERRA

ORLANDO HENRIQUE e

JOSÉ MENEZES FILHO.

E o Cel Robson narra ao microfone: - A Banda de Clarins do 2º Regimento de Cavalaria de Guarda, Regimento Andrade Neves, executará o toque da Vitória, em memória dos militares imolados, setenta e seis anos atrás.

Clarim, toque VITÓRIA!

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