O cardiologista era médico particular do artista e ganhava 150 mil dólares para tratá-lo
Com AFP
O júri do caso sobre a morte de Michael Jackson considerou o médico responsável pelo tratamento do artista, Conrad Murray, culpado. O veredicto foi dado nesta segunda-feira (7), o segundo dia de deliberações, depois de ter discutido na sexta-feira sem chegar a um veredicto.
Os sete homens e cinco mulheres do júri voltaram a se reunir às 08h30 (14h30 de Brasília) e anunciaram o resultado por volta das 19h20 (horário de Brasília). O médico de 58 anos foi julgado culpado da acusação de homicídio culposo pela morte de Jackson devido a uma intoxicação de medicamentos.
O cardiologista era médico particular de Jackson e o tratava com vários sedativos, entre eles o potente anestésico propofol, para ajudá-lo a dormir, já que o cantor sofria de uma insônia crônica.
Embora alguns meios de comunicação especulassem que os membros do júri chegariam a um veredicto rapidamente, eles "têm que comprovar que houve negligência criminosa, e não apenas 'mala praxis'", razão pela qual poderiam absolvê-lo com base em uma "dúvida razoável", afirmou o analista legal Richad Herman à CNN.
Entenda o caso
Na manhã de 25 de junho de 2009, Murray administrou propofol no músico após outros sedativos não terem surtido efeito durante a noite. Em seguida, o médico deixou a casa do artista e, ao retornar, o teria encontrado já sem vida. O promotor David Walgren disse em seu discurso final que a negligência do médico, que teria agido estimulado somente pelo salário de 150.000 dólares, privou aos filhos de Jackson de um pai e o mundo de "um gênio".
Walgren, resumindo o que classificou como uma "esmagadora" evidência contra Murray, disse que o médico inventou elaboradas mentiras para esconder sua culpa na morte de Jackson em sua mansão em Los Angeles.
A defesa do médico, no entanto, argumentou que o autor de "Thriller" era um viciado desesperado que causou sua própria morte ao tomar mais medicamentos enquanto Murray estava fora.
O advogado de Murray, Ed Chernoff, insistiu nesse assunto durante seu discurso final, mas também questionou a integridade dos testemunhos da acusação, sugerindo que os colaboradores do ícone do pop armaram sua versão para obter dinheiro por parte dos veículos ávidos por notícias.
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