Conheça melhor as máquinas que abalaram o reinado dos computadores pessoais e saiba por que elas estão no topo da lista de presentes dos fãs de tecnologia
Bem-vindo à era pós-PC. O computador pessoal, ícone da tecnologia pessoal nos últimos 30 anos, ficou para trás. A culpa é dos tablets, ou melhor dizendo, do pioneiro iPad. Não que os tablets tenham surgido assim, de uma hora para outra. A popularização, somada ao preço cada vez mais atraente para produtos fabricados no Brasil graças a uma medida provisória que reduz impostos desse equipamento, torna o conceito muito mais desejável e atraente para todos os bolsos.
As primeiras tentativas comerciais de produzir um tipo de comprodutos equipaconceito computador portátil com tela sensível vêm do começo dos anos 2000, quando fabricantes de PCs, incentivados pela Microsoft, criaram modelos híbridos que, bem, não deram muito certo. Pesados, com um teclado embutido e uma tela que não era lá grande coisa, ficaram bastante restritos ao mundo das empresas e dos negócios.
A história mudou em janeiro de 2010, quando a Apple anunciou o lançamento do seu primeiro iPad. Rumores de que a empresa iria lançar um portátil com tela grande, sem teclado ou caneta digital, eram antigos, e o próprio Steve Jobs, fundador e então executivo-chefe, fazia questão de desdenhar desse tipo de tecnologia. No primeiro dia de vendas nos Estados Unidos, 3 de abril de 2010, a Apple comercializou 300 mil unidades do iPad, de acordo com números oficiais da fabricante. Um mês depois, eram mais de 1 milhão de máquinas nas mãos de consumidores em todo o mundo. Em 60 dias, o número pulou para 2 milhões e, em 80, 3 milhões. Um sucesso absoluto que inspirou os concorrentes a lançarem suas novas plataformas móveis. Em fevereiro de 2011, Jobs mostrou o iPad 2, mais fino e aprimorado em relação ao primeiro tablet, e o sucesso de vendas continuou.
MERCADO ABERTO
Tablets como os da linha Tabway, da Itautec (acima), ajudam
a popularizar o sistema operacional Android entre os usuários
Entra em cena, então, o Android. O sistema operacional para smartphones desenvolvido pelo Google já era uma pequena ameaça ao reinado do iPhone nos celulares. Nove meses após o lançamento do iPad, saiu o primeiro tablet Android, o Samsung Galaxy Tab, com tela de 7 polegadas: era um telefone adaptado à tela grande, com capacidade de navegar na rede, baixar aplicativos e fazer ligações – mas usando fones de ouvido. O Google, então, decidiu modificar o processo de criação do sistema, e anunciou no início deste ano o Android 3.0, específico para tablets: isso abriu espaço para fabricantes criarem produtos mais poderosos e focados em nichos como o mercado corporativo, por exemplo. Agora, no final do ano, sai o Android 4.0, que unifica o sistema novamente em um só para telefones e tablets.
Mas quem usa um tablet? Apesar da popularidade do iPad e do crescimento dos modelos com Android, esses aparelhos podem ser vistos apenas como dispositivos com tela grande e fácil de ler, de acordo com uma pesquisa feita com consumidores quatro países da região (México, Colômbia, Brasil e Argentina) pela fabricante de processadores Intel.
O estudo revelou ainda que o tablet é considerado algo bom para armazenar dados e informações e para visualizar revistas, livros e jornais. Um dos pontos positivos é o tablet ser algo “altamente portátil”, mas que muitos consumidores ainda não enxergam por completo os benefícios do brinquedo tecnológico – principalmente pelo preço alto.
E, por enquanto, a liderança nos tablets é mesmo do iPad. A consultoria Gartner estima que, neste ano, 73,4% dos tablets vendidos serão iPads, e o restante do bolo fica dividido com o Android e seus diversos fabricantes (Itautec, LG, Samsung, Sony, Asus, entre outros). Outros sistemas somados não terão mais de 5% do mercado, e o Windows nem aparece nessa lista.
Vale esperar o lançamento, em 2012, do Windows 8, que será adaptado e melhorado para esse tipo de computador portátil. Se fecharemos 2011 com 63,6 milhões de tablets vendidos a consumidores em todo mundo, o crescimento vai até 2015, com o pico de 326,3 milhões de unidades comercializadas.
CAMPEÃO MUNDIAL
A linha iPad, da Apple, inaugurou o mercado de tablets e virou febre e, todo o planeta
Até lá, já teremos tablets com Android 5.0 ou 6.0 e novíssimas versões do iPad. A Apple nunca comenta rumores, mas a partir de 2012 a companhia de Steve Jobs deve começar a seguir o cronograma de lançamentos anuais comuns a seus produtos, com o anúncio de um novo iPad (que pode ser o iPad 3, iPad HD ou qualquer outro nome) já em fevereiro – visto que o iPad 2 foi mostrado pela primeira vez em fevereiro deste ano.
Especulações sobre como será o novo produto não faltam: tela Retina Display, de maior resolução, igual à usada no iPhone 4/4S, aumento do armazenamento para até 128 GB (o dobro da capacidade máxima atual), design mais fino com o possível uso de fibra de carbono na carcaça e melhoria da câmera. Fato é que, quando Tim Cook, o sucessor de Steve Jobs no comando da Apple, subir ao palco em algum momento do começo de 2012, saberemos com certeza o que virá de novidade – e corremos o risco de descobrir que nenhum dos boatos e rumores estavam corretos. Quem sabe, com sorte, essa nova geração de iPads possa até ser fabricada no Brasil.
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