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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Gripe e responsabilidade


Numa resposta velada ao otimismo do presidente Lula, que declarou que a pandemia da gripe iniciada no México não é do tamanho que parecia que ia ser, o porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou em Genebra que não é hora de baixar a guarda. A questão da gripe A, que é como a OMS denomina a gripe suína, não pode ser tratada com a ligeireza dos palpites ou como um elemento de propaganda governamental. O alerta é para que os países estejam preparados para intensificar a vigilância e não o contrário. Para a entidade mundial, o órgão das Nações Unidas que articula as ações sanitárias em nível planetário, as perspectivas são de que aumentem os casos de contágio no Hemisfério Sul. Faz essa previsão com base na singela razão de que agora começa o inverno nesta área e, com a chegada do frio, multiplicam-se os casos de gripe de todos os tipos.
O presidente Lula, ao fazer a declaração otimista, fez também o anúncio de que haverá intensificação da vigilância e a adoção de medidas para ter um estoque de medicamentos capaz de fazer frente a qualquer eventualidade. Há hoje confirmados apenas oito casos de contaminação, sem nenhuma morte. Mas a epidemia já infectou mais de 4,8 mil pessoas no mundo, em 33 diferentes países, com algumas dezenas de mortes. Os cientistas consideram que o vírus da gripe A não é tão agressivo como o de outras manifestações recentes e antigas, mas pode vir a sê-lo, como ocorreu com a gripe espanhola de 1918, que parecia pouco perigosa no início, mas depois assumiu uma virulência devastadora, levando 50 milhões de pessoas à morte. O que o vírus atual não tem em agressividade tem, no entanto, em capacidade de contágio, maior que a das gripes comuns.
Estão corretas, por isso, as providências das autoridades de todos os níveis para monitorar com rigor a evolução da gripe, tratar com cuidado os casos de contágio e preparar o país para os perigos do inverno que chega.

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