O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, chamou neste sábado de "grande montagem" os atentados terroristas cometidos em 11 de Setembro de 2001 em Washington e Nova York, nos quais mais de três mil pessoas morreram.
Durante uma reunião com membros do Ministério da Inteligência iraniano, Ahmadinejad explicou que, em sua opinião, o único objetivo era "justificar a guerra contra o terrorismo".
"Os atentados de 11 de Setembro fazem parte de uma estratégia de inteligência complexa. Uma grande mentira com a qual se tratava de conseguir um pretexto para lutar contra o terrorismo americano e que abriu o caminho para o aventureirismo no Afeganistão", afirmou.
Ahmadinejad acusou as "potências arrogantes" de cometer "assassinatos desumanos e atos de terror sob a desculpa da defesa dos direitos humanos".
"A depredação, o assédio e o assassinato da realidade humana são o resultado da ideologia capitalista", ressaltou o presidente iraniano, citado pela televisão estatal do país. "O ataque dos Estados Unidos e a participação da Organização do Tratado do Atlântico Norte [Otan] no Afeganistão tinham como meta salvar o liberalismo e o pensamento capitalista", concluiu.
Serviços secretos
Além disso, Ahmadinejad criticou os serviços secretos dos EUA, Reino Unido e Israel em relação à detenção, na semana passada, do líder do grupo rebelde sunita Jundullah, Abdul Malik Rigi, considerado terrorista por Teerã.
"A captura desse terrorista criminoso é uma prova da incapacidade dos serviços de Inteligência dos EUA, do Reino Unido e do regime sionista",disse Ahmadinejad.
Rigi foi capturado dias atrás quando viajava de Dubai rumo ao Quirguistão em um avião que foi obrigado a aterrissar por caças-bombardeiros iranianos quando entrou no espaço aéreo da república islâmica.
O grupo que liderava assumiu neste ano a autoria dos dois atentados mais sangrentos cometidos no Irã nos últimos 20 anos.
O Ministério da Inteligência iraniano acusa EUA e Reino Unido de prestar socorro a Rigi.
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