BRASÍLIA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva troca hoje dez ministros que deixam o governo para disputar as eleições de outubro, incluindo a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência. Desses, sete serão substituídos pelos secretários-executivos. Na disputa por espaço político, os partidos conseguiram manter seus domínios. Cinco dos titulares que saem são do PT, quatro do PMDB e um do PR. O prazo para a desincompatibilização se encerra no próximo dia 3.
As mulheres, que mantinham apenas dois ministérios - Casa Civil e a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, com Nilcéia Freire - serão titulares em quatro pastas. No lugar de Dilma, assume Erenice Guerra. Para a vaga de Patrus Ananias (Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome) entra Márcia Lopes, e, para a cadeira de Carlos Minc (Meio Ambiente), a titular será Izabella Teixeira.
Pré-candidata deverá fazer discurso em nome dos colegas
Lula dará posse coletiva aos novos ministros, numa cerimônia hoje de manhã, no Palácio do Itamaraty. Além do próprio presidente, Dilma deverá fazer discurso, em nome dos colegas que saem do governo. Na próxima segunda-feira, Lula deverá fazer uma reunião com o novo Ministério. A ordem, já expressa pelo presidente em alguns de seus discursos, é acelerar as obras, sobretudo as do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal marketing da campanha de Dilma.
O substituto do ministro das Comunicações, Hélio Costa, ainda está indefinido. O ministro deve ser o candidato da base aliada ao governo de Minas Gerais, embora os petistas Patrus Ananias e Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, pleiteiem a vaga. O vice José Alencar, cotado para disputar uma vaga de senador, vai continuar no cargo.
Em pelo menos uma situação, a troca obedeceu a critérios políticos, em vez de técnicos. O Ministério da Agricultura será ocupado por Wagner Rossi, ex-presidente da Conab, que teve a indicação política do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), cotado para ser vice na chapa de Dilma.
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou ontem que, na Agricultura, tenha prevalecido a pressão do PMDB:
- Não existe mudança política. A tendência do presidente era manter a composição política do governo. A Márcia Lopes foi indicada pelo ministro Patrus. O Wagner Rossi estava no Ministério da Agricultura, não como secretário-executivo, mas na presidência da Conab.
Anteontem, durante solenidade de lançamento do PAC-2, Lula deu um recado aos que assumirão os ministérios hoje.
- Quem quiser ficar sabe que vai trabalhar o dobro dos que saíram, porque agora a fiscalização nas obras vai ter que ser muito mais rígida, porque a gente não pode se deixar pegar na disputa eleitoral - declarou.
No Ministério de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA) volta ao Senado e deve tentar a reeleição. Ele será substituído por Márcio Zimmermann. No Ministério da Previdência Social, José Pimentel deixa a vaga para Carlos Eduardo Gabas, que estava no cargo desde o início do governo Lula. No lugar de Alfredo Nascimento (PR-AM), que concorrerá ao governo do Amazonas, ficará Paulo Sérgio Passos, que já ocupou o cargo de abril de 2006 a março de 2007.
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