Depoimento do ministro da Defesa, Nelson Jobim, ontem no Senado, ampliou as divergências na Esplanada. Jobim desmentiu seu colega Paulo Vannuchi, dos Direitos Humanos, e reafirmou que, se o Palácio do Planalto não tivesse aceito as modificações no texto do Plano Nacional de Direitos Humanos, ele e os comandantes militares teriam deixado o governo no fim do ano passado. Jobim mostrou ao presidente Lula que Vannuchi modificou o texto e mandou publicar uma versão diferente do que havia sido combinado com outros ministros. O ponto de discórdia foi a abrangência da Comissão da Verdade: Vannuchi queria restringir as investigações às violações dos direitos humanos praticados pelos militares, mas Jobim impôs um texto mais amplo, que alcança também eventuais crimes praticados pela esquerda armada.
Neste governo
O anteprojeto que fixará os termos da Comissão da Verdade será enviado ao Congresso em abril.
Vannuchi afirmou ontem, no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, que a criação da comissão é a única alternativa para esclarecer as pendências da ditadura militar. O ministro acredita que essa polêmica será resolvida até o final do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Fantasmas
O problema é que a proposta divide o governo e encontra resistências no Congresso. “É remoer fantasmas do passado”, diz o senador Francisco Dornelles (PP-RJ)
Romaria
O PSDB vai aproveitar as comemorações do centenário de Tancredo Neves para tentar convencer o neto, Aécio Neves, a formar a chapa puro-sangue ao lado do governador paulista José Serra. A romaria levará a Minas Gerais as principais estrelas do tucanato.
Serra, segundo assessores, terá um encontro reservado com Aécio. A tarefa é difícil, mas vai tentar demover o governador mineiro, que não pensa noutra coisa que não seja o Senado.
Decidido
Quando deixou a condição de pré-candidato, em dezembro do ano passado, Aécio Neves falava sério. Abriu mão de apoio considerável no PMDB, que o queria candidato, e só com sua desistência bandeou-se definitivamente pela candidatura do presidente da Câmara, Michel Temer, como vice de Dilma Rousseff.
Inéditos
Nos dois meses em que foi monitorado pela Polícia Federal, o ex-secretário de Relações Institucionais do GDF Durval Barbosa produziu uma montanha de provas, em áudios e vídeos. Parte desse material não foi divulgado, mas ajudou a convencer os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a decretar a prisão do governador José Roberto Arruda.
Durval cumpriu direitinho o acordo patrocinado pelo Superior Tribunal de Justiça.
Denúncia
Se depender do Ministério Público Federal, Arruda não sairá tão cedo da prisão. Procuradores que trabalham na Operação Caixa de Pandora pretendem formalizar a denúncia sobre o mensalão do DEM antes de expirar o prazo de duração da prisão preventiva – até 83 dias.
Hoje, Arruda completa seu 20º dia de prisão.
Sem acordo
O PMDB do Acre não quer acordo com o PT. O partido fechou questão contra qualquer proposta de aproximação, decidiu lançar o vereador Raimundo Pinto ao governo e dará palanque ao governador José Serra no estado.
Escavações
Em abril, assim que terminar o período de chuvas, o Grupo de Trabalho Tocantins, criado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, volta à região do Araguaia em busca dos restos mortais dos guerrilheiros do PCdoB desaparecidos entre 1972 e 1975.
Tiro no pé
O rompimento do PT com o PMDB do Paraná foi apontado por um cacique petista como um tiro no pé. “O PT não tem comando político inteligente no Sul. O partido vive brigando”.
Presente
Resultado: o PMDB do governador Roberto Requião caiu no colo do tucano Beto Richa, candidato ao governo do Paraná, e piorou a situação do PT no estado.
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