Depois de recuar 2,68% em janeiro, a divida publica federal registrou alta de 2,56% em fevereiro, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Tesouro. O estoque da dívida passou de R$ 1,45 trilhão para R$ 1,494 trilhão.
A dívida interna teve seu valor aumentado em 3,09%, para R$ 1,397 trilhão. O crescimento foi causado pela emissão líquida de R$ 30,20 bilhões e pela apropriação de juros no valor de R$ 11,74 bilhões.
Já a dívida pública federal externa teve queda de 4,53% em fevereiro com a participação reduzida de 6,99% para 6,51% no total da dívida.
As emissões de títulos em fevereiro somaram R$ 39,70 bilhões e os resgates alcançaram R$ 11, 62 bilhões. Durante os meses de janeiro e fevereiro foram recomprados R$ 1,16 bilhão (US$ 640 milhões) em títulos da divida externa, em valor de face. O total da operação foi de R$ 828 milhões.
A recompra de títulos da dívida externa é a maior registrado pelo Tesouro desde o quarto trimestre de 2007. "O Tesouro observou boas oportunidades de recompra de títulos a curto prazo", apontou o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido.
O Tesouro emitiu títulos com vencimentos de prazo mais longo em fevereiro. Dos R$ 28 bilhões emitidos, cerca de R$ 10 bilhões dos títulos têm prazo para 2012 no pré-fixado e para até 2050 nos reajustados por índice de preços.
O alongamento do prazo busca melhorar a administração e os custos da dívida, segundo Garrido. "Os títulos de prazo mais longo reduzem o risco do emissor", garante.
A procura dos investidores por prazos mais longo traduz uma confiança no bom desempenho da economia brasileira e da administração da dívida. O Tesouro destacou aumento da procura de investidores locais para os prazos mais longos.
A constatação indica uma inversão de tendência já que os brasileiros costumavam procurar por títulos com prazos mais curtos. A participação dos estrangeiros na dívida interna voltou a superar a média histórica ao subir um ponto percentual de janeiro para fevereiro (8,75%). Para Garrido, o crescimento corrobora o otimismo em relação à economia brasileira.
O custo médio acumulado da dívida pública nos últimos 12 meses caiu de 9,75% ao ano em janeiro para 9,10% a.a. em fevereiro.
A participação dos papéis indexados à taxa básica de juros (Selic) tiveram sua participação reduzida, passando de 35,48%, em janeiro, para 35,21%, em fevereiro. Já a parcela de títulos prefixados na dívida total aumentou de 28,2% em janeiro para 29% em fevereiro.
Em janeiro, a dívida pública teve a primeira redução desde outubro do ano passado, puxada pela queda de 3,05% na dívida interna, chegando a R$ 1,45 trilhão. A nova alta aproxima o acumulado do nível de dezembro quando o estoque da dívida era de R$ 1,497 trilhão.
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