RIO - O Comando da Aeronáutica apresenta sábado, na Base Aérea de Porto Velho, em Rondônia, três dos 12 helicópteros russos AH-2, adquiridos pelo Brasil por um preço estimado de US$ 300 milhões. A aquisição das novas aeronaves representa um marco para a aviação de helicópteros militares no país, já que se trata da primeira compra pelo Ministério da Defesa de equipamentos projetados exclusivamente para o combate.
A aeronave é conhecida mundialmente como MI-35, uma espécie de tanque voador blindado, equipado com avan çados recursos eletrônicos e capaz de levar aproximadamente 2,5 toneladas de armamentos. Com grande poder de fogo, o modelo pode ser utilizado em missões de escolta de outros helicópteros e interdição aérea e de apoio a tropas terrestres. Os helicópteros já foram testados em diversos conflitos ocorridos em várias regiões do mundo.
– Confesso que me surpreendi com a compra desses helicópteros pelo Brasil, mas acredito que tenha sido um ótimo negócio para a Aeronáutica, uma vez que ela não sonhava em ter equipamentos tão modernos quanto o MI-35 – destacou o ex-ministro da Aeronáutica e ex-diretor do Departamento de Aviação Civil (DAC), Mauro Granda. – Existem poucas aeronaves com essas características em todo o mundo. Só para se ter uma ideia, ela tem um canhão embutido no nariz. Creio que eles terão grande importância na defesa da Amazônia.
Os novos helicópteros irão equipar o Segundo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (2º/8ºGAV), Unidade Aérea recentemente transferida da Base Aérea de Recife (BARF) para Porto Velho (BAPV). A cerimônia de apresentação dos novos equipamentos contará com a presença do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e do comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro-do-ar, Juniti Saito.
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