SÃO PAULO. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem à noite, durante o programa Canal Livre, da Band, estar convencido de que a ex-ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff vai ganhar a eleição deste ano e vai sucedê-lo na presidência da República.
- Estou convencido que a Dilma vai ser a próxima presidente do Brasil. Agora, vai ter de trabalhar...
Lula garantiu, no entanto, que como presidente não tem candidato e nem vai fazer campanha durante o "expediente".
- A Dilma não é a minha candidata. Ela é a candidata do PT e de um conjunto de partidos políticos que compõem a base de apoio à candidatura dela. No meu exercício da presidência da República não tenho candidato. Todos são meus candidatos. Depois do meu horário de expediente na presidência da República eu vou ter candidato, vou para a rua fazer comício de sábado e de domingo.
Falando de si mesmo na terceira pessoa, disse que não pensa em voltar a disputar um novo mandato e que vai descansar.
- Estou indicando uma companheira. Se essa companheira ganhar e for bem, ela tem direito a ter um segundo mandato. Acho melhor o Lula descansar porque ele já cumpriu com a sua missão.
Lula faz críticas a Serra durante programa
Lula disse que Dilma, mesmo tendo sido presa política durante três anos e meio, período em que foi torturada, não traz ressentimentos ou rancor. Segundo ele, a candidata surpreenderá.
Lula também falou sobre o terceiro mandato, tese que não defendeu por não querer "brincar com a democracia".
- Tem estado do Brasil que eu tenho 95% de aprovação. Por que não fiz isso? Porque eu aprendi a não brincar com a democracia.
Durante o programa, de mais de uma hora de entrevista, o presidente Lula ainda criticou o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), pré-candidato da oposição à presidência, que afirmou ter sido um dos responsáveis pela rejeição, em 2007, da reforma tributária acordada com vários segmentos da sociedade. Ele lembrou do "inimigo oculto" que era citado pelo ex-presidente Jânio Quadros.
- Quando eu mandei para o Congresso Nacional, mandei com a convicção que aquilo seria aprovado porque tinha unanimidade. De repente comecei a perceber o governador de São Paulo contra. Ou seja, parece que tem aquele inimigo oculto que o Jânio Quadros falava.
Perguntado sobe o motivo de viajar tanto, disse que o papel do país é interferir para contribuir para o desenvolvimento econômico, a paz e o multilateralismo.
- Eu lembro a imbecilidade, a pequenez daqueles que criticaram quando eu comprei um avião. Era uma vergonha para este país andar de avião alugado. Era uma vergonha para esse país levantar voo com o "Sucatão" e o presidente da República não poder descer em muitos países da Europa por causa do barulho do avião ou porque tinha que pagar multa para descer.
Lula defendeu ainda a política de aproximação do Brasil com o Irã, lembrando de uma conversa que teve com dirigentes políticos da Europa, como o presidente da França, Nicolas Sarkozy e os primeiros-ministros Gordon Brown, da Inglaterra, e Angela Merkel, da Alemanha. O isolamento, afirmou, pode dar "caca".
- Se vocês ficarem isolando o Irã, isso pode dar caca. É importante que a gente estabeleça uma relação de conversa - disse Lula.
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