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sábado, 29 de maio de 2010

Após um ano, o novo Palácio do Planalto

BRASÍLIA. O Exército informou que a reforma do Palácio do Planalto estará pronta nesta segunda-feira, um ano depois de assinado o contrato com a construtora Porto Belo, que está fazendo a obra. Mas isso não significa que o presidente Lula e cinco ministros voltarão imediatamente a trabalhar no Planalto. Além de retoques finais, como limpeza e instalação de móveis, será preciso esperar uma viagem do presidente para desmontar a sala dele no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e montá-la no Planalto.
Os tapumes em volta do Palácio foram trocados por grades. Ontem os operários faziam os últimos ajustes. Um grupo trabalhava na reposição das pedras portuguesas nas calçadas e nos acessos. A reforma custou R$103 milhões, sob fiscalização do Exército. Além da restauração do Palácio, foram substituídas as redes elétricas, hidráulicas e de ar condicionado, e ampliados os elevadores. Foi construída ainda uma garagem subterrânea com 500 vagas.
A intenção do presidente era entregar o Planalto restaurado em 21 de abril, nos 50 anos de Brasília, mas a reforma atrasou, por problemas técnicos, como falta de material de construção, e administrativos, como a liberação da obra pelo governo do Distrito Federal. Num primeiro momento, a reforma seria concluída em 28 de fevereiro, mas o prazo foi prorrogado para 28 de março e depois para 30 de maio.
Lula costumava reclamar das instalações hidráulicas e contava que, de manhã, quando abria as torneiras, a água era amarelada. E criticava os puxadinhos, dizendo que o palácio parecia uma favela, e os carpetes velhos e mal cuidados. O escritório do arquiteto Oscar Niemeyer fez o projeto da restauração e fiscalizou a obra. O governo gastou R$2,98 milhões na aquisição do novo mobiliário do Palácio, que reproduzirá o estilo dos anos 50, 60 e 70. Os móveis serão assinados por Niemeyer e pelo designer Sérgio Rodrigues.

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