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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Confiança do brasileiro sobe com 13º e alta do mínimo

Índice atingiu os 176 pontos em uma escala que vai até 200

AE

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O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) de dezembro subiu seis pontos em relação ao mês anterior e atingiu os 176 pontos. Em dezembro de 2010, o índice registrava 163 pontos. O resultado deste mês, segundo a ACSP, mostra que o consumidor brasileiro está confiante no futuro, ainda animado com o recebimento do 13º salário e a alta de 14,13% do salário mínimo a partir de 1º de janeiro. O índice varia de zero a 200 pontos, sendo que uma marca acima dos 100 indica otimismo.

A classe C é a que demonstra maior otimismo quanto ao futuro: o INC desta faixa da população atingiu em dezembro 180 pontos, ante 178 em novembro. A maior variação mensal, no entanto, foi verificada nas classes D/E. Para esses dois grupos, o índice disparou de 125 pontos em novembro para 153 no mês seguinte. De acordo com o estudo da ACSP, essa camada da população vive a expectativa do aumento do salário mínimo dos atuais R$ 545 para R$ 622. Nas classes A/B, o otimismo subiu de 171 para 178 pontos.

Os dados da pesquisa sinalizam um melhor cenário para o consumo. A parcela de entrevistados que se dizem seguros no emprego passou de 46% em novembro para 47% no mês seguinte, enquanto a participação daqueles que julgam que possuem uma boa situação financeira subiu de 48% para 52% no mesmo período. A confiança na situação financeira para os próximos seis meses se manteve em dezembro: 58% dos consultados acredita na melhora e 12% na piora (ante 10% em novembro).

Como resultado, subiu de 48% para 50% a parcela de consumidores mais propensos a comprar eletrodomésticos. "Se constata que está mantida a propensão dos entrevistados para as compras de eletrodomésticos, principalmente com os descontos relacionados à queda do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) na linha branca", afirma a ACSP, em nota divulgada hoje à imprensa.

O total de consumidores que acreditam que a economia de sua região vai ficar mais forte nos próximos seis meses passou de 46% em novembro para 49% em dezembro. A parcela dos que acreditam que ela se enfraquecerá subiu de 12% para 14%. Aumentou também a média dos entrevistados que conheciam alguém que perdeu o emprego nos últimos seis meses: 3,5% em novembro para 3,6% em dezembro. "Mas vale ressaltar que em dezembro de 2009 (ano da primeira crise de crédito) essa média era maior, de 3,9%."

O INC da ACSP é calculado pela empresa de pesquisa Ipsos a partir de mil entrevistas domiciliares realizadas todos os meses em nove regiões metropolitanas do País, além de 70 cidades do interior. A margem de erro é de três pontos porcentuais, segundo a empresa.

Novo mínimo

O novo salário mínimo terá o poder de compra equivalente a 2,25 cestas básicas calculadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com um aumento de 14,13% em janeiro, o salário mínimo passará de R$ 545 para R$ 622. A cesta definida pelo Dieese custa hoje R$ 276,31. De acordo com nota divulgada nesta terça (27) pela entidade, a relação entre o salário mínimo e o preço médio da cesta básica será a maior desde 1979 - a série histórica da comparação começou em 1959.

O estudo do Dieese mostra ainda que o salário mínimo atingirá em janeiro seu maior nível histórico, se os valores forem deflacionados por projeção do estrato inferior do Índice do Custo de Vida (ICV). Em 1983, o valor real do salário mínimo era de R$ 645. No ano passado, caiu para R$ 556,68. No intervalo de 1983 até 2012, o salário mínimo atingiu o menor valor real em 1995, quando chegou a R$ 284,20.

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