A prioridade dada aos restos a pagar no 1º semestre do ano é uma constante no PAC, desde o início do programa, em 2007, mas agora a prática foi reforçada com o valor recorde: R$10,6 bilhões desembolsados entre janeiro e junho. No 1º semestre do ano passado, o governo Lula destinou R$6,7 bilhões aos restos a pagar e R$2,3 bilhões para as novas obras.
A redução no pagamento de novos projetos fica mais evidente se for levado em consideração que o orçamento de 2011 do PAC é recorde: R$40,2 bilhões. No 1º semestre de 2010, existiam R$29,2 bilhões disponíveis para o programa. Ou seja, agora há mais recursos e, mesmo assim, se destinou menos às novas obras.
Neste ano, o gasto com novos projetos representou 3,91% do valor total orçado, contra 8,5% no mesmo período de 2010. No 1º semestre de 2009, o valor foi de 5,16%.
- Uma das possibilidades é o círculo eleitoral. No ano passado, foram comprometidos mais recursos que agora estão sendo pagos - afirma o especialista em finanças públicas Adriano Biava, da Faculdade de Economia e Administração da USP.
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