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domingo, 17 de julho de 2011

Tevez perde pênalti, e Argentina é eliminada pelo Uruguai

E o futebol uruguaio segue trilhando o seu caminho para voltar às grandes conquistas. Depois da brilhante campanha na Copa do Mundo da África do Sul, quando foi o melhor sul-americano, terminando em quarto lugar e com direito a ter o melhor da Copa, Forlán, e de voltar às Olimpíadas após 80 anos, a Celeste eliminou a Argentina nos pênaltis por 5 a 4 após igualdade em 1 a 1 no tempo normal --gols de Diego Pérez e Higuaín, para Uruguai e Argentina--, respectivamente, hoje e avançou para a semifinal da Copa América, onde vai enfrentar o Peru, na próxima terça-feira, que mais cedo bateu a Colômbia por 2 a 0, também no tempo extra.

Muslera defendeu o pênalti de Tevez, pretendido pelo Corinthians e se transformou no mais novo herói celeste, no dia mais importante da história do futebol uruguaio --16 de julho é aniversário da conquista da Copa de 1950.

Assim, o sonho do Uruguai de ultrapassar a Argentina no número de títulos do torneio segue vivo. A equipe não conquista a competição continental desde 1996. De quebra, o time pode passar o rival no número de conquistas continentais. Ambos têm 14 títulos do torneio.

A Argentina começou o jogo em cima. Logo no primeiro minuto, chegou após boa jogada de Aguero e finalização de Higuaín. Dois minutos mais tarde seria a vez de Aguero invadir a área e ser parado por Muslera. Mas foi o Uruguai, em seu primeiro ataque, quem marcou.

O técnico argentino Sérgio Batista já havia mostrado preocupação com as jogadas de bola parada do Uruguai. E ele estava correto. Aos 5min, a Celeste se beneficiou de um erro do juiz paraguaio Carlos Amarilla e anotou seu gol. Cobrança de falta. Forlán colocou a bola na cabeça de Cáceres, que cabeceou. O arqueiro Romero fez defesa parcial e Diego Pérez, que deveria ter sido expulso três minutos antes por entrada violenta em Mascherano, só teve o trabalho de empurrar para as redes argentinas. Uruguai 1 a 0.

A Argentina, aos poucos, foi se recuperando do susto inicial. Com troca de passes curtos e rápidos, os donos da casa foram encurralando o Uruguai em seu campo de defesa. Aos 18min, Messi passou por dois e deu lindo passe para Higuaín. O camisa 9 argentino, que estava às costas da zaga uruguaia, cabeceou sem chances para Muslera. Argentina 1 a 1.

O gol inflamou a torcida em Santa Fé. E os anfitriões cresceram. E Messi começou a brilhar. O camisa 10, que foi vaiado nesse mesmo estádio na primeira fase, após o pífio empate por 0 a 0 ante a Colômbia, desta vez encantava a "hinchada", com ótimos dribles e bons passes. O melhor do mundo enlouquecia a zaga uruguaia, e fez até com que Cáceres levasse cartão amarelo.

Ao Uruguai, restavam as jogadas de bola parada, para o temor de Sérgio Batista. Qualquer bola levantada na área era motivo de pânico para os argentinos. Lugano inclusive carimbou o travessão de Romero.

No fim do primeiro tempo, Diego Pérez, em sua falta mais amena, recebeu cartão vermelho e deixou a Celeste com um jogador a menos. O volante, que merecia ter sido expulso logo aos 2min de jogo, já tinha escapado de levar o segundo amarelo por duas vezes. O juiz paraguaio Carlos Amarilla, enfim não titubeou e expulsou o jogador por matar contra-ataque argentino.

No segundo tempo, a Argentina voltou cadenciando o jogo e trocava passes para abrir espaço na zaga uruguaia. Os visitantes, por sua vez, esperavam a hora certa para encaixar um contra-ataque.

A vantagem numérica não se traduzia em superioridade técnica, e o Uruguai foi equilibrando o jogo. Diferentemente do que aconteceu na primeira etapa, quando foi "impedido" de sair do seu campo de defesa pela Argentina, os comandados de Óscar Tabárez conseguiam jogar e a, aos poucos, ameaçavam Romero.

Cada equipe teve ao menos duas chances claras para marcar e evitar a prorrogação. Mas os dois goleiros evitaram e a vaga para a semifinal da Copa América teve que ser decidida no tempo extra. Só que antes, o equilíbrio voltaria a ser a marca do jogo. Mascherano, por falta tola no meio de campo e igualou o placar nas expulsões.

A partida seguiu muito parelha. A diferença foi que os visitantes caíram de rendimento. A melhor chance foi no fim do primeiro tempo, quando Higuaín invadiu a área e chutou rasteiro no canto baixo. A bola explodiu no poste e ainda bateu nas costas de Muslera, mas não entrou.

No segundo tempo, a partida seguiu a mesma toada. O Uruguai, visivelmente cansado, não ameaçou. Muslera fez mais uma boa defesa em chute de Pastore. E, no fim da partida, Messi fez uma jogada típica de Messi do Barcelona, enfileirando a zaga, mas foi travado na hora de marcar o tento da virada. E assim a decisão foi para as penalidades.

As cobranças seguiram mostrando o equilíbrio do clássico do rio da Prata. Mas Muslera, merecidamente, se tornou o herói ao defender o pênalti de Tevez e colocou o Uruguai na semifinal, contra o Peru.

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