Conforme fontes oficiais, as peças teriam sido distribuídas entre maio e junho a nove províncias japonesas, incluindo a capital. Análises apontaram que a carne entregue em Shizuoka continha quatro vezes o limite considerado legal de césio radioativo. Um atacadista de Tóquio também teria recebido o produto com níveis excessivos de substâncias químicas, mas ainda não se sabe se foi consumido. Já se sabe, também, que a mesma carga chegou a restaurantes das cidades de Aichi, no centro, e Chitose, no norte do país, mas os testes de contaminação ainda não foram concluídos.
Saúde - Apesar da notícia, o ministro da Saúde japonês, Ritsuo Hosokawa, assegurou que não há motivo para se preocupar, já que o consumo de alimento contaminado uma única vez não representa uma grande ameaça à saúde. Ele garantiu ainda que será investigado o motivo pelo qual o produto foi distribuído.
A carga tinha peças de seis vacas que comeram ração contaminada em uma fazenda no povoado de Minamisoma, a cerca de 25 quilômetros da central de Fukushima. A ração para os animais era armazenada no exterior do sítio e continha amostras de césio que excediam o limite em 56 vezes, devido às emissões da usina. Na carne de outros 11 animais da mesma fazenda, que não chegou ao consumidor, foi detectado um nível de césio até seis vezes acima do permitido.Hosokawa disse também que se estuda a possibilidade de analisar todas as vacas das áreas do entorno da usina que chegarem a matadouros e processadores, em vez de examinar apenas algumas, como acontece hoje. O Ministério da Agricultura acrescentou que realizará inspeções nas cerca de 260 fazendas que criam gado em zonas próximas à central nuclear.
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