Com manifestantes do lado de fora, a cúpula o futebol mundial e da política nacional, encabeçada pela presidente Dilma Rousseff, esteve na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, onde 166 seleções do todo o mundo conheceram o caminho que percorrerão para apenas algumas delas voltarem ao país daqui a três anos.
Sustos
Cerca de duas mil pessoas presentes viram o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o prefeito da cidade, Eduardo Paes, comemorarem o evento bancado por eles com verba pública: R$ 30 milhões.
Mas nem todo o dinheiro investido evitou sustos. Como as estruturas foram feitas em tendas provisórias, elas sofreram o impacto do vendaval que atingiu o Rio e Janeiro pouco antes. Barras de ferro se soltaram, placas voaram, vários funcionários tiveram de fazer reparos às pressas.
O barulho intenso sob as lonas causou apreensão, com as pessoas olhando constantemente para cima, inclusive durante o discurso de abertura de presidente da Fifa, Joseph Blatter.
Polêmicas
Suspeito de corrupção na entidade que reúne mais países do que a própria ONU, Blatter teve de encarar no Brasil vários questionamentos durante a semana que antecedeu ao evento. Garantiu que a Fifa terá um novo comitê de ética, prometeu mudanças, mas se incomodou com a troca do foco da festa para a contestação da sua gestão.
Mesmo assim se comportou melhor do que o presidente da CBF, do Comitê Organizador Local (COL) e aspirante a seu sucessor, Ricardo Teixeira.
O cartola não deu entrevistas, chegou a discutir com um repórter inglês, na véspera do evento, e ainda foi alvo de um protesto.
“Queremos mais transparência na organização da Copa do Mundo. Defendemos os moradores que serão removidos por causa das obras da Copa e da Olimpíada de 2016, o direito dos comerciantes informais e até o dos torcedores que perderam a tradicional forma carioca de torcer com a nova reforma do Maracanã, onde estão gastando milhões [a obra conduzida pelo governo do Rio está orçada em R$ 705 milhões]”, explicou um dos responsáveis pelo movimento, Hertz Leal, encabeçado pela Frente Nacional dos Torcedores.
Pacífica, bem humorada, com cartazes onde estava escrito “Fora Ricardo Teixeira”, a passeata guiada por um carro de som, contou com cerca de 700 pessoas de acordo com policiais militares – entre eles professores e bombeiros que pegaram carona no movimento.
Na entrada da Marina da Glória, um texto sobre o protesto foi distribuído a todos os jornalistas estrangeiros. Alvo de vários mimos preparados pela organização – como jantares exclusivos, pedacinhos do Maracanã e a famosa caipirinha –, eles deixarão o país também com muitas dúvidas.
Entre elas, o aumento no orçamento, o excessivo investimento público, a demora nas obras e até a mais recente, com intervenção do Ministério Público e a possibilidade de interdição nas obras do estádio, palco da abertura em 12 de junho de 2014, e do qual eles levarão um pequeno entulho na mala.
Dilma afirma que o Brasil estará "muito bem preparado" para a Copa
O início sorteio das Eliminatórias para Copa do Mundo de 2014, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, teve como destaque a exaltação do Brasil como "país do Futebol". A cerimônia desta tarde começou com o presidente da Fifa, Joseph Blatter, explicando o sorteio e pedindo o apoio do povo brasileiro e das autoridades locais.
"Estamos muito satisfeitos de voltar ao Brasil, após 61 anos. Precisamos do apoio da entidades, dos comitês e do povo brasileiro para que a competição seja realizada com sucesso. A Fifa confia no Brasil, sabemos de suas habilidades. É um país que tem um lugar de destaque no futebol mundial, produzindo e reproduzindo estrelas", afirmou o dirigente, antes de chamar a presidente da República, Dilma Roussef.
Dilma deu prosseguimento ao discurso adotado por Blatter e tratou de exaltar o futebol brasileiro, além de apontar o "orgulho" do povo pelo atual momento econômico vivido pelo Brasil e convidar pessoas de todos os países do mundo para acompanhar a competição.
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