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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A reforma milionária dos apartamentos da Câmara

Casa gastou, nos últimos dez anos, 290 milhões de reais em reformas e conservação dos 432 apartamentos funcionais. Previsão de gastos nos próximos anos é de 170 milhões

Plenário da Câmara dos Deputados, nesta segunda, em Brasília
Plenário da Câmara dos Deputados, nesta segunda, em Brasília (Jose Cruz/ABr)
Caso o novo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), eleito na última segunda-feira, libere recursos para reformar os nove prédios de apartamentos funcionais ainda não submetidos a obras, o custo global de conservação e remodelação dos imóveis desde 2003 pode chegar a 460 milhões de reais. A estimativa oficial é que os gastos adicionais superem 170 milhões de reais nos próximos anos.
A Câmara dos Deputados gastou, nos últimos dez anos, 290 milhões de reais em reformas e conservação dos 432 apartamentos funcionais colocados à disposição dos parlamentares. O valor supera o orçamento do projeto de reurbanização da terceira maior favela de São Paulo, a Gleba São Francisco.A transformação da favela paulistana em bairro deve custar 260 milhões de reais. Lá vivem cerca de 29 mil pessoas, segundo a prefeitura da capital paulista.
O valor se refere a obras de saneamento básico, canalização de córregos, contenção de encostas, urbanização de vias, construção de parques e entrega de cerca de 1.400 apartamentos.
Entre 2003 e 2006, a média anual de gastos das reformas da Câmara foi de pouco menos de 13 milhões de reais. A partir de 2007, porém, o volume de dinheiro liberado para obras nos imóveis funcionais triplicou, chegando a uma média próxima de 39 milhões por ano. Os apartamentos estão situados em 18 prédios de propriedade da Câmara. Cada edifício tem 24 moradias de quatro quartos e cerca de 200 metros quadrados cada uma. Do total de unidades, 30% estão desocupadas atualmente, a maioria em razão da realização de obras.
(Com Estadão Conteúdo)

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