Brasília, Fortaleza, Rio, Recife e Salvador precisam, em especial, adotar medidas de combate ao crime
Lisandra Paraguassu, de O Estado de S. Paulo
A
pouco menos de um mês do início da Copa das Confederações, cinco das
seis cidades-sede da competição ainda precisam resolver problemas de
segurança e organização. A mais recente avaliação de risco preparada
pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) mostra que em Brasília,
Fortaleza, Recife, Salvador e Rio há medidas a serem tomadas,
especialmente no combate ao crime.
A
capital do Ceará é, hoje, a que ainda tem o maior índice de riscos
altos - 11% -, basicamente concentrados na criminalidade comum e no
risco de ataques a turistas. Salvador e Rio, com 7%, vêm em seguida, mas
com situações diferentes. Enquanto na capital baiana o risco também é o
crime comum, no Rio acrescenta-se o crime organizado e os problemas nas
rotas que serão usadas pelas delegações. Uma das preocupações, por
exemplo, é a Linha Vermelha, que leva do aeroporto à zona sul, passando
por uma favela ainda não pacificada.
O
Rio é um dos centros de preocupação para a segurança, não só para a
Copa das Confederações, mas para a Jornada Mundial da Juventude, em
julho. A concentração de multidões é um pesadelo para os responsáveis.
Qualquer tumulto pode resultar em problemas graves, a concentração de
gente favorece a ação de criminosos e os deslocamentos são extremamente
problemáticos. A cidade está sendo avaliada com lupa para minimizar ao
máximo os riscos.
Em
Brasília, onde será o jogo de abertura, além do crime comum, outro
detalhe de estrutura chamou a atenção dos agentes e ainda não foi
resolvido: o aeroporto. Com desenho completamente aberto, sem portas ou
cercas, o aeroporto é difícil de vigiar e controlar no caso de qualquer
tipo de ataque.
As
avaliações da Abin, além de apontar problemas, indicam soluções. Os
relatórios indicam que, se nos próximos dias as capitais cumprirem as
determinações, todas elas passarão a ter riscos baixos ou muito baixos,
mesmo nas questões de criminalidade. Resta saber se as orientações serão
cumpridas.
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