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domingo, 26 de maio de 2013

Em carta a Lula, Suplicy dá sutil lição de moral

Em uma carta encaminhada ao ex-presidente, o senador reclama do isolamento político e mostra as contradições enfrentadas pelo PT quando o assunto é ética

Hugo Marques
Lição de moral - Ao tomar conhecimento de que sua candidatura seria sacrificada pelo partido, o senador Eduardo Suplicy tentou falar com Lula. Como não conseguiu, decidiu escrever uma carta
Lição de moral - Ao tomar conhecimento de que sua candidatura seria sacrificada pelo partido, o senador Eduardo Suplicy tentou falar com Lula. Como não conseguiu, decidiu escrever uma carta  (Renivaldo Luz/Ag. Bapress)
Nos planos da cúpula do PT, o senador Eduardo Suplicy foi escolhido para o sacrifício eleitoral. Para viabilizarem uma coligação ampla que permita ao partido disputar o governo de São Paulo em 2014, os petistas planejam entregar a vaga do senador a outra agremiação. Pode ser ao PMDB, ao PSD ou até mesmo ao PR do mensaleiro Valdemar Costa Neto. Feito isso, a menos que mude de partido, Suplicy não poderia disputar sua recondução ao Senado. A estratégia petista prevê, no máximo, a possibilidade de ele concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. “Ele seria o nosso Tiririca”, conta uma liderança petista. Suplicy identificou a origem do plano e, durante os últimos meses, tentou uma audiência com o ex-presidente Lula para tratar do assunto. Ligou para a secretária, pediu a ajuda de companheiros, enviou recados. Nada. No último dia 6, sem receber nenhuma resposta, o senador foi ao Instituto Lula e entregou uma carta ao ex-presidente. Uma carta cheia de ponderações e desabafos - uma sutil lição de moral.

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