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domingo, 26 de maio de 2013

Em Manaus, zoológico urbano reúne quase 200 animais da Amazônia

Local conta com 56 espécies diferentes de mamíferos, répteis e aves.
Recintos reproduzem o habitat natural dos animais neles alocados.

Tiago Melo Do G1 AM
Cunhã é a onça mascote mais nova do zoológico (Foto: Tiago Melo/G1 AM)Cunhã é a onça mascote mais nova do zoológico (Foto: Tiago Melo/G1 AM)
Criado no ano 1967 a partir da necessidade de apresentar aos alunos do Curso de Operações na Selva, elementos da fauna e flora amazônicas importantes na formação de guerreiro de selva, o zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs) conta atualmente com quase 200 animais, de 56 espécies diferentes, divididos entre mamíferos, répteis e aves, como as onças-pintadas, preta e parda, os macacos-pregos e aranhas, as araras Canindé e Canga, o gavião real, o jacaré Açu, entre outros.
Considerado como um ponto turístico de Manaus, localizado na Avenida São Jorge, no bairro de mesmo nome, Zona Oeste da cidade, o local atrai turistas do Brasil e do mundo. “Nossa procura maior sempre foi por parte de estudantes dos ensinos fundamental e médio da rede pública de Manaus, que nos visitam em passeios escolares”, explicou o médico da Divisão Veterinária, capitão Carlos Palhari.
Apesar da cara 'fofinha', quati é agressivo e territorialista (Foto: Tiago Melo/G1 AM)Apesar da cara 'calma', quati é agressivo e territorialista, segundo veterinário (Foto: Tiago Melo/G1 AM)
O Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) conta atualmente com quase 200 animais (Foto: Tiago Melo/G1 AM)O Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) conta atualmente com quase 200 animais (Foto: Marcos Melo)
Com as portas abertas para o público somente em 1969, o Zoológico do Cigs, a princípio, recebia doações dos moradores do entorno do Centro. “No início os instrutores e monitores também coletavam os animais na selva e os traziam para um depósito a céu aberto, que era localizado aqui onde hoje se encontra o zoológico. Contudo, hoje em dia, os animais aqui encontrados ou nasceram aqui ou foram repassados pelo IBAMA, não os capturamos mais na selva”, explicou o capitão.
Para Carlos Palhari e para os demais ‘guerreiros de selva’, lugar de animal silvestre é na selva, para isso o zoológico do Cigs ambientou os seus recintos objetivando a reprodução do habitat natural desses animais, o que faz com que o visitante passe mais tempo observando cada área à procura dos animais alojados.
“Uma das mais importantes e gratificantes missões do Zôo do CIGS é zelar pela preservação e manutenção da biologia das espécies", disse capitão Palhari (Foto: Tiago Melo/G1 AM)“Uma das mais importantes e gratificantes missões do Zoológico do Cigs é zelar pela preservação e manutenção da biologia das espécies", disse capitão Palhari (Foto: Marcos Melo)
De acordo com o veterinário, com a expansão lateral da cidade de Manaus, aumentaram também as ocorrências de casos de animais acidentados. “O Zoológico do Cigs tem recebido esses animais em caráter excepcional a fim de tratá-los e encaminhá-los aos órgãos responsáveis por tal procedimento, que após sua completa recuperação, entram em um processo de reintrodução em seu habitat natural”, disse ele.
Unir, somar, cuidar e preservar 200 animais em um zoológico não é tarefa fácil, para tanto são designados quatro veterinários, um biólogo e quinze homens responsáveis somente pela limpeza, alimentação e tratamento dos espécimes. “Uma das mais importantes e gratificantes missões do Zoológico do Cigs é zelar pela preservação e manutenção da biologia das espécies, tanto é que o visitante que chegar aqui vai poder encontrar animais da Amazônia Brasileira que vivem em habitats com características muito próximas dos naturais”, afirmou o capitão.

Mascotes
O Cigs possui ainda quatro onças mascotes, sendo três pintadas e uma preta, usadas para desfiles e fotos oficiais do Cigs. “A mais velha delas é a Chitara, que tem 22 anos; temos o Simba, a filhote Cunhã, e o Garoto, nossa onça preta”, explicou o capitão.
Onçário abriga cerca de seis onças de três espécies: pintada, parda e preta (Foto: Tiago Melo/G1 AM)Onçário abriga cerca de seis onças de três espécies: pintada, parda e preta (Foto: Tiago Melo/G1 AM)
Ilha dos quelônios aquáticos do zoo do CIGS (Foto: Tiago Melo/G1 AM)Ilha dos quelônios aquáticos do zoo do Cigs (Foto: Marcos Melo)
Pesquisa
Na Divisão Veterinária do Cigs, são realizados estudos sobre a fauna e a flora da região, em apoio a órgãos de pesquisa nacionais, dentro de um plano de gestão ambiental que inclui ainda o Campo de Instrução do Cigs. A educação ambiental se faz presente, tanto na instrução militar envolvendo recrutas e profissionais, quanto no trabalho educativo junto às escolas de ensino médio e fundamental da região metropolitana de Manaus.
Cuidados médicos
O trabalho junto aos animais é desenvolvido no Hospital Veterinário, dotado em sua infraestrutura de salas de cirurgia e anestesia, radiologia, medicina interna e ambulatorial. A partir de janeiro de 2009, o zoológico passou a contar ainda com o Núcleo Avançado de Pesquisas do Instituto de Biologia do Exército (NAPIBEx), a ser estruturado em área cedida pelo Cigs para o desenvolvimento de pesquisas com agentes biológicos de interesse da Força Terrestre na Amazônia.
Ilha dos macacos no Zoológico do CIGS (Foto: Tiago Melo/G1 AM)Ilha dos macacos no Zoológico do Cigs (Foto: Tiago Melo/G1 AM)

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