O Sindicato Nacional de Aeroviários e o Sindicato dos Aeronautas deram nesta quarta-feira um ultimato às empresas aéreas para que elas revisem a proposta de negociação salarial. Os sindicatos anunciaram que caso não recebam uma nova proposta, iniciarão à meia-noite uma operação de não-colaboração nos aeroportos. Na prática, a medida deverá representar atrasos e desconforto para os passageiros. Essa operação deve durar até o dia 8 de dezembro quando está marcada uma nova rodada de negociação.
Funcionários de empresas se reuniram na tarde de hoje para discutir o impasse. As companhias aéreas querem mudar a data base destes funcionários de dezembro para abril. Os funcionários reivindicam reajuste de 15% sobre os salários e de 30% para os que recebem o valor do piso. O piso de um atendente de check-in é da ordem de R$ 900 e o de um comissário, de R$ 1.200.
A presidente do Sindicato Nacional do Aeroviários, Selma Balbino, estima que o movimento contará com ao menos 60% de adesão. Na prática a não-colaboração consiste em seguir todas as regras previstas nos manuais.
Um exemplo citado por Balbino foi que, durante a operação padrão, os trabalhadores não aceitarão mais mudança de escala ou fazer hora extra. A operação reúne mecânicos de voo, carregamento de bagagem, comissários e pilotos.
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