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sábado, 4 de dezembro de 2010

Traficantes impõem suas leis em favelas do Rio

Assim como acontecia no Complexo do Alemão antes da ocupação e ainda ocorre em outras favelas dominadas por traficantes, os criminosos continuam impondo leis e regras de conduta à população nessas comunidades. Uma prática antiga, iniciada na década de 80, quando a principal facção criminosa do Estado passou a ocupar as localidades.
E, quem não cumpre as normas, pode pagar com torturas, espancamentos, expulsão da favela e até com a vida. Muitas pessoas são submetidas a julgamento de um "tribunal" composto pelos criminosos.
Os "desobedientes" são castigados. Há punições curiosas como, por exemplo, ser amarrado em um poste ou até em grandes torres de televisão. As pessoas que acabam mortas têm normalmente os corpos queimados nos chamados microondas - pessoas são colocadas dentro de pneus e queimadas vivas. Quem é expulso, tem a casa ocupada pelo tráfico caso não tenha família na comunidade.
Nas últimas semanas, uma série de acontecimentos comprovou que as "leis do tráfico" permanecem mais vivas do que nunca nas favelas. Um dos casos ocorreu no morro do Chapadão, em Costa Barros, na zona norte da capital.
Três homens, entre eles um bombeiro reformado, levaram tiros na mão após serem acusados pelos traficantes de praticarem roubos. Assaltar na comunidade é considerado intolerável pelo tráfico. Quem pratica pela segunda vez, é punido com a morte.
Jovem foi assassinado porque se envolveu com mulher de traficante
Em outra situação curiosa, um jovem foi morto quando tirava documentos na sede do Detran, em Madureira, na zona norte. O motivo: se envolveu com a namorada de um traficante do morro da Serrinha, no mesmo bairro.
É lei na favela. Os traficantes não admitem traição. Suas mulheres são consideradas "intocáveis". A principal delas, que é chamada de "mina de fé", não pode largar o marido. E quando o traficante estiver preso, a companheira é obrigada a visitá-lo na cadeia sempre.
No início do mês, três adolescentes, entre dez e 15 anos, entraram no morro dos Marítimos, em Niterói, na região metropolitana. Ao chegarem na favela, os menores foram espancados pelos traficantes.
As vítimas moravam na favela Nova Brasília, que é dominada por uma quadrilha rival a dos Marítimos. Os traficantes não costumam permitir que pessoas de favelas inimigas, mesmo sem ter envolvimento com o crime, circulem pelos seus redutos.
Ao mesmo tempo, os criminosos não toleram que moradores de sua comunidade frequentem localidades dominadas por desafetos. Quem não "obedece", pode ser "taxado" de informante (X-9) de uma quadrilha rival.
Aliás, os informantes da polícia, quando descobertos, são assassinados. Um agente revelou ao R7 que, nos últimos meses, teve cinco "colaboradores" mortos. Muitas destas pessoas são ex-traficantes e participam de operações policiais com o rosto cobertoAutor de um estudo sobre o caso há três anos, o sociólogo Paulo Magalhães, do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) afirmou que as "leis" continuam existindo.
- Há um conjunto de regras. Elas permaneceram e se ampliaram.
Em seu artigo, Magalhães descreveu que, para a população local, a obediência às leis do tráfico de drogas é questão de sobrevivência e essas regras acabam sendo introduzidas pelos moradores na construção de sua vida cotidiana.

2 comentários:

  1. Esses traficantes tem tudo q morrer...
    não morreram tudo pq tem gente q não tem vergonha na cara e deixa esse vagabundo ter vida boa

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  2. Tem Mãe de familia no rio q tem orgulho do filho ser chefe do trafico....
    se ta faltando alguma coisa no rio essa coisa é educação.

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