A Justiça Federal do Distrito Federal proibiu a organização de qualquer greve dos aeroviários e aeronautas em todo o país até 10 de janeiro, sob pena de multa de R$ 3 milhões por dia no caso de descumprimento. A decisão foi tomada na noite desta quarta-feira (22) pelo juiz Itagiba Catta Preta Neto, a pedido do Ministério Público Federal no Distrito Federal. Ele avalia, em sua decisão, que a greve é "oportunista e abusiva" por ser ameaçada às vésperas das festas de fim de ano e da posse da presidente eleita, Dilma Rousseff.
"É o bom nome do próprio país, no cenário internacional, que está em jogo, ainda mais quando nos preparamos para a realização de Copa do Mundo e Jogos Olímpicos na década que se inicia", afirmou o magistrado.
Também ontem, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) havia determinado que 80% dos trabalhadores do setor aéreos não parassem até o dia 2 de janeiro, com multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento.Esse foi um dos fatores considerados pelos sindicalistas para adiar a greve para a primeira semana de janeiro.
Até a tarde desta quinta-feira, não há mais nenhum pedido no tribunal de medida cautelar nem de negociação por parte das empresas nem dos trabalhadores.
O Snea (Sindicado Nacional das Empresas Aeroviárias) afirma que as empresas avançaram nesta quinta-feira nas negociações. Saíram da proposta de reajuste de 6,58% para 8%. Os trabalhadores mantém a exigência de 15% de reajuste.
Para o ministro Nelson Jobim (Defesa), "faltou diálogo" entre empresas aéreas e aeronautas na crise que culminou na ameaça de greve no período do Natal. A declaração foi dada durante evento no Complexo do Alemão (zona norte do Rio). "Precisamos ter a capacidade de diálogo que não tivemos nesse primeiro momento", disse.
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