Procuradores estão na Itália para tratar caso de condenado no mensalão.
Preocupação da PGR é com fim do prazo para MJ italiano se manifestar.
Enquanto isso, representantes da Procuradoria que estão na Itália tentam evitar que Pizzolato seja colocado em liberdade até que saia o resultado sobre se ele será ou não enviado ao Brasil para cumprir a pena.
A preocupação da Procuradoria é com o prazo que se encerra nesta segunda (17) para que o MJ italiano se manifeste sobre a manutenção da prisão. Se não houver manifestação, a Justiça italiana pode determinar que ele fique em liberdade ou prisão domiciliar.
Segundo a PGR, o Código de Processo Penal italiano estabelece dez dias para que o Executivo opine sobre a continuidade da detenção após a validação do mandado internacional de prisão, que ocorreu no dia 7 de fevereiro.
Segundo a assessoria da PGR, o chefe da Área de Cooperação Internacional da Procuradoria, Vladimir Aras, e o chefe de gabinete do procurador-geral da República, Eduardo Pellela, se reuniram nesta segunda com representantes do tribunal de Bologna, que cuida do processo de Pizzolato, e manifestaram interesse na continuidade da prisão e na extradição do condenado.
Na quarta (18), os representantes terão reuniões em Modena, cidade onde o Pizzolato está preso.
A extradição ocorre quando um país reclama o envio de um condenado ou processado em suas terras para que cumpra a pena ou responda ao processo.
O caso de Pizzolato, no entanto, é polêmico porque ele tem dupla cidadania e, por isso, o governo italiano pode se recusar a extraditá-lo.
Pizzolato foi condenado no processo do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro.
O mandado de prisão contra ele foi expedido no dia 15 de novembro do ano passado. Pela decisão do STF, a pena deve ser cumprida em regime fechado, em presídio de segurança média ou máxima.
O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil foi encontrado em Maranello, cidade famosa por abrigar a fábrica e museu da Ferrari.
A polícia local informou que ele foi levado pra Modena, a cerca de 21 km de distância de onde foi localizado. Pizzolato foi preso com documentos falsos e indiciado pela polícia italiana.
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