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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Ceará é pioneiro na criação em cativeiro

Pesquisadores do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC), desenvolveram peixes marítimos da família Lutjanídeos (ariacó, dentão, guaiúba e cioba) em cativeiro. Esse, diz o coordenador acadêmico do instituto, Luís Parente Maia, é um trabalho inédito não somente no Estado, mas no mundo.O projeto, explica, existe desde 2005 com o objetivo de orientar a criação dos peixes em um curto espaço de tempo e com poucos recursos, para depois revendê-los. "A iniciativa é público-privada", diz.Os pesquisadores tinham em mente que os primeiros peixes teriam de ser locais. "O que facilitaria encontrá-los, e o seu interesse econômico, com certeza, seria grande", afirma. Para isso, os técnicos conversaram com vários pescadores da região e chegaram à conclusão de que a família Lutjanídeos seria a melhor opção.Os peixes foram capturados no ambiente natural. Posteriormente, levados para o Centro de Estudos Ambientais Costeiros (CEAC do Labomar/UFC). A partir dali, explica, eles ficaram em um tanque, para passar pelos processos de desenvolvimento, engorda e maturação.Segundo o coordenador, desde o começo, a espécie ariacó foi a que melhor se adaptou ao ambiente do cativeiro. "Por uma razão simples: eles aguentam um número maior de peixes estocados no mesmo tanque e têm um volume significativo de reprodução. A cioba também obteve bons resultados.Luís ressalta que, em uma desova com 7.500 óvulos, os pesquisadores conseguiram fecundar 95%. "Esse número mostra o quanto nosso trabalho está sendo eficaz", comemora.Ele acrescenta que o custo para se criar o peixe é baixo. Até mesmo nos tanques para camarão, que não custa muito, o ariacó pode ser criado. "A procura por esse peixe é grande, e o Labomar só pode trabalhar até este ponto". Ele espera que o governo ajude na distribuição e na venda do peixe.

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