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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Época de animais peçonhentos-Ce

Além das festas natalinas, o fim do ano traz, também, um clima mais seco para o Estado. Por isso mesmo, as pessoas devem ficar cada vez mais atentas ao aparecimento de animais peçonhentos (aqueles que injetam veneno) nas residências. Afinal, com o clima que favorece as queimadas e o desequilíbrio ambiental, aliados ao "jeitinho" na casa que todos querem dar em decorrência do fim do ano, o risco de aparecimento de cobras, escorpiões, aranhas e lacraias torna-se ainda maior.Segundo a assessoria de comunicação do Instituto José Frota (IJF), a unidade médica recebeu, em apenas 72 horas, entre os dias 20 e 23 deste mês, 14 vítimas de picadas de animais peçonhentos. Para se ter uma ideia, em 2009, o número de vítimas já é maior do que o de todo o ano passado.Até o último dia 25, foram registradas, pelo IJF, 2.115 pessoas picadas. Enquanto que, em 2008, o total foi de 1.935.Conforme explica Raul Fritz, técnico da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), os meses de outubro, novembro e dezembro são marcados por queimadas. No geral, elas contribuem para que animais, inclusive peçonhentos, migrem do hábitat natural para áreas urbanas.As queimadas, como diferencia o técnico, podem ocorrer devido às altas temperaturas, às baixas umidades do solo e do ar e aos ventos fortes. Ou, ainda, em razão das "brocas", tradição na qual os agricultores costumam queimar a vegetação para limpar o solo por conta da quadra chuvosa, em janeiro."Como os ventos se intensificam, ajudam a espalhar o fogo, que fica sem controle. Ele pode acontecer em terrenos baldios, por exemplo, tanto na Capital quanto no Interior. Nessa época, até o fim de dezembro, a nossa evaporação é grande, deixando a vegetação mais seca. Com essa situação, o solo fica sem qualidade, além de os animais fugirem para as áreas urbanas", esclarece Fritz.Entre os animais no Estado que mais motivam ocorrências, o capitão Warner Campos, do Corpo de Bombeiros do Ceará, cita os escorpiões e as aranhas. Embora a médica Sandra Figueiredo, coordenadora do Centro de Atendimento Toxicológico (Ceatox) do Instituto José Frota, comentar que as cobras, como as jararacas, também são motivos de muitos atendimentos na unidade.Em crianças e idosos, conforme Sandra Figueiredo, os danos das picadas de cobras e escorpiões são piores. A médica cita que, além de uma dor intensa, o veneno pode provocar dormência, vômitos, náuseas, tonturas, diarreias, mal-estar e até desmaios.DICASAjuda médica é importanteEmbora haja muitas "receitas" para lidar com picadas de animais venenosos, a coordenadora do Ceatox do IJF, Sandra Figueiredo, alerta que, na maioria das vezes, elas são "folclore". Isso porque, como avisa, as únicas medidas indicadas para a vítima é lavar o local com água e sabão e ser encaminhada ao Ceatox, para ser tratada por um profissional médico."Não é para chupar a picada e puxar o veneno nem para beber cachaça. Quando a pessoa chega bêbada, não consegue nem nos informar o que aconteceu de fato". Segundo ela, a solução mesmo, além da lavagem, é a ingestão do soro, enviado pelo Ministério da Saúde, que, em Fortaleza, só está disponível do IJF. "Em seis horas, a pessoa já está boa de novo. Porém, só quem pode receitar esse soro é o médico, que saberá indicar a quantidade ideal para cada caso", justifica.De toda forma, como aconselha o capitão Warner Campos, do Corpo de Bombeiros do Ceará, é fundamental que as pessoas não acumulem restos de materiais nem entulhos em casa ou em quintais. Até porque, como esclarece, alguns animais são atraídos e permanecem nos locais, devido à presença de suas presas.Para buscar ajuda, basta ir ao Ceatox, no IJF. Para mais informações: (85) 3255.5012

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