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sábado, 21 de novembro de 2009

Lula avalia chances de Dilma

Natal. Em entrevista ontem a rádios de Natal (RN), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que quer a ministrachefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, como candidata petista à Presidência da República em 2010 e avaliou que ela tem uma "perspectiva enorme de vencer"."É importante todo mundo saber que quero a Dilma como candidata, estou trabalhando para isso, porque trabalho com a Dilma há oito anos e sei da competência gerencial e política dela. Ela iria apenas colocar o estilo dela no governo e fazer as coisas novas que não conseguimos fazer."Lula disse também que se a simpatia for importante para ganhar as eleições, a ministra não sai perdendo. "Tem adversário dela que é muito menos simpático do que ela, então, se for por simpatia, ela já está eleita", disse ele após afirmar que muitos alegam que Dilma não tem a simpatia e a desenvoltura necessárias para enfrentar uma campanha eleitoral.Lula também avaliou o potencial que tem de transferir votos para os candidatos que apoia. Para ele, é mais difícil transferir votos para cargos como os de vereador e prefeito, por se tratar de políticos que estão mais próximos das pessoas em seus bairros e cidades. Já no caso de presidente da República, o presidente avalia que seu apoio teria mais peso."Acho que o governo tem possibilidade de repassar muito voto, claro que tudo isso é relativo, porque vai depender muito da performance da nossa candidata, do desempenho dela durante a campanha eleitoral, nos debates", disse.Terceiro mandatoLula disse que a oposição tentaria o terceiro mandato caso estivesse ocupando a Presidência da República no momento positivo que o Brasil atravessa atualmente."Se fosse o lado de lá e eles estivessem na situação que estou, eles teriam levantado a tese do terceiro mandato´´, disse. Lula avalia que não levantou essa tese por considerar ser um risco para a democracia e disse ter convencido seu partido, o PT, a "parar com a brincadeira de um terceiro mandato´´.Segundo ele, quem tem um terceiro mandato pode querer um quarto, um quinto, o que ameaça a democracia do país. "Se a gente começa colocar na cabeça, eu sou insubstituível, imprescindível, começa a nascer um pequeno ditador´´.O presidente procurou minimizar a polêmica com o cantor Caetano Veloso, que o chamou de grosseiro e mal-educado: "Como cantor, ele é excepcional. Agora, como político, o Caetano nunca esteve do nosso lado. Então, não tenho o que reclamar se ele gosta ou não gosta de mim, porque ele acha (isso) ou aquilo de mim. Eu disse, noutro dia, que eu me vinguei do Caetano: no dia em que ele disse isso, cheguei em casa, peguei um CD do Chico Buarque, o Chico Político ("O Político"), e ouvi duas vezes, e lavei a minha alma".Lula descartou a possibilidade de ceder à pressão das oposições pelo fim do fator previdenciário, fórmula usada no cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição. Ele disse que está disposto a negociar um acordo com as centrais sindicais, mas não admite que o assunto seja tratado com "hipocrisia" às vésperas de ano eleitoral. "O que eu não posso, em sã consciência, é aprovar alguma coisa que seja, como diria o Magri, "incumprível".

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