As Forças Armadas dos Estados Unidos estão reposicionando equipes navais e aéreas nos arredores da Líbia. A medida foi anunciada pelo Pentágono horas depois da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, dizer que nenhuma opção está fora da mesa para encerrar a onda de violência no país africano --o que incluiria uma intervenção militar.
O porta-voz do Departamento de Defesa, coronel Dave Lapan, disse que a equipe de planejamento do Pentágono trabalha com várias opções e planos de contingência e, como parte desses, estava reposicionando suas forças.
Em entrevista a jornalistas, Lapan não quis dizer abertamente se os EUA consideram uma intervenção militar. Os EUA mantêm presença militar frequente no mar Mediterrâneo e tem dois porta-aviões mais ao sul, na área do golfo Pérsico.
"Nós temos planejadores trabalhando e vários planos de contenção e eu acho que é seguro dizer que como parte disso estamos reposicionando nossas forças para sermos capazes de dar esta flexibilidade assim que as decisões forem tomadas", disse.
Apesar do avanço da oposição líbia, que já controla a parte leste do país, Gaddafi se recusa a deixar o poder e atribui os protestos à rede terrorista Al Qaeda. Ele está cada vez mais isolado na capital Trípoli, que apesar da forte segurança registra protestos de oposição.
Mais cedo, Hillary adotou um tom duro no Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) ao condenar a violenta repressão à oposição e pedir a saída imediata do ditador líbio, Muammar Gaddafi.
"Muammar Gaddafi e aqueles ao seu redor precisam ser responsabilizados por seus atos que violam leis internacionais e a decência. Por suas ações, eles perderam direito de governar. O povo decretou que é hora de eles irem. Agora, sem atraso", afirmou a secretária de Estado americana.
"Continuaremos a coordenar as ações com os aliados", disse Hillary, que citou as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e pelos Estados Unidos no fim de semana.
"Estas violações de direitos universais são inaceitáveis e não serão toleradas", continuou, dizendo que trabalha com a comunidade internacional e ONGs por uma "resposta humanitária" à crise.
O presidente americano, Barack Obama, assinou uma ordem executiva para congelar todos os ativos de Gaddafi, sua família e membros de seu regime. Medidas similares foram aprovadas por unanimidade pelo Conselho de Segurança. A resolução da ONU também pede que a repressão aos manifestantes seja levada à Corte Internacional de Haia, para posterior investigações de quaisquer responsáveis pela morte de civis.
Pouco antes do discurso de Hillary, a União Europeia também aprovou sanções contra o ditador Gaddafi, incluindo embargo de armas, congelamento de seus bens e proibição de viajar aos países do bloco.
A decisão foi tomada pelos embaixadores europeus que se reuniram para discutir a crise na nação africana.
As sanções serão válidas também para 25 familiares e nomes ligados ao regime Gaddafi. O embargo de vendas inclui não apenas armas como equipamento, como gás lacrimogêneo e escudos antidistúrbios, que possa ser usado para repressão dos manifestantes.
Todas as sanções devem entrar em vigor nos próximos dias, assim que forem publicadas no diário oficial da União Europeia.
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