
Segundo a organização, que baseia seus números em consultas telefônicas com hospitais e testemunhas, "as forças de segurança de Muammar Gaddafi dispararam contra os cidadãos, que simplesmente pedem uma mudança", disse Joe Stork, responsável da HRW no Oriente Médio e no norte da África.
A internet no país também foi cortada por volta das 2h da manhã (horário local), retirando uma das poucas maneiras disponíveis para que os líbios divulgassem informações sobre a onda de protestos antigoverno em uma das mais isoladas e repressivas nações da África. Milhares de protestantes pedem a saída de Muammar Gaddafi, ditador líbio há 42 anos no poder, especialmente em cidades no Leste, região mais pobre do país. As manifestações têm sido brutalmente reprimidas por milícias armadas e forças de elite.
Em Benghazi, as forças de segurança mataram ontem 35 pessoas durante as manifestações de luto pela morte no dia anterior de 20 manifestantes nessa

A Anistia Internacional conta 46 pessoas mortas durante os protestos registradas na Líbia durante os últimos três dias e acusou as autoridades de 'excessivo' emprego da força contra 'manifestantes que pedem uma mudança política'.
Segundo a AI, que cita fontes do hospital Al Jala, em Benghazi, 28 pessoas morreram ontem durante o "Dia da Fúria" nessa localidade e outras 110 foram feridas. Às vítimas fatais somam-se outras três em dias anteriores.
A organização conta ainda outras 15 vítimas na sexta-feira em Al-Baida, a 100 quilômetros de Benghazi.
A onda de distúrbios no mundo árabe --e o temor de que ela se espalhe para a Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo-- levou na quinta-feira o petróleo tipo Brent à sua maior cotação em 28 meses, US$ 104 por barril. Na sexta-feira, ele era cotado a pouco mais de US$ 102 em Londres.
Sabri Elmhedwi/Efe
Simpatizantes do governo da Líbia protestam na capital Trípoli durante a semana; 84 morreram, segundo ONG
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