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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Governo da Líbia corta internet; mortos em protestos somam 84

As forças de segurança líbias mataram 84 pessoas durante os últimos três dias de protestos em várias cidades do país para reivindicar mudanças políticas, informou o último comunicado da Human Rights Watch (HRW).
Segundo a organização, que baseia seus números em consultas telefônicas com hospitais e testemunhas, "as forças de segurança de Muammar Gaddafi dispararam contra os cidadãos, que simplesmente pedem uma mudança", disse Joe Stork, responsável da HRW no Oriente Médio e no norte da África.
A internet no país também foi cortada por volta das 2h da manhã (horário local), retirando uma das poucas maneiras disponíveis para que os líbios divulgassem informações sobre a onda de protestos antigoverno em uma das mais isoladas e repressivas nações da África. Milhares de protestantes pedem a saída de Muammar Gaddafi, ditador líbio há 42 anos no poder, especialmente em cidades no Leste, região mais pobre do país. As manifestações têm sido brutalmente reprimidas por milícias armadas e forças de elite.
Em Benghazi, as forças de segurança mataram ontem 35 pessoas durante as manifestações de luto pela morte no dia anterior de 20 manifestantes nessa mesma cidade, 23 em Al-Baida, três em Ajdabiya e três em Derna, segundo a HRW.
A Anistia Internacional conta 46 pessoas mortas durante os protestos registradas na Líbia durante os últimos três dias e acusou as autoridades de 'excessivo' emprego da força contra 'manifestantes que pedem uma mudança política'.
Segundo a AI, que cita fontes do hospital Al Jala, em Benghazi, 28 pessoas morreram ontem durante o "Dia da Fúria" nessa localidade e outras 110 foram feridas. Às vítimas fatais somam-se outras três em dias anteriores.
A organização conta ainda outras 15 vítimas na sexta-feira em Al-Baida, a 100 quilômetros de Benghazi.
A onda de distúrbios no mundo árabe --e o temor de que ela se espalhe para a Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo-- levou na quinta-feira o petróleo tipo Brent à sua maior cotação em 28 meses, US$ 104 por barril. Na sexta-feira, ele era cotado a pouco mais de US$ 102 em Londres.
Sabri Elmhedwi/Efe
Simpatizantes do governo da Líbia protestam na capital Trípoli durante a semana; 84 morreram, segundo ONG

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