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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Maluf terá de pagar R$ 800 mil às Ilhas Jersey

O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) foi multado em R$ 800 mil por custas judiciais. Duas empresas internacionais, a Durant Internacional Corporation e a Kildare Finance Limited, cujo controle é atribuído ao político e a seus familiares, terão de pagar à corte das Ilhas Jersey por terem perdido uma apelação relacionada ao bloqueio de US$ 113 milhões (R$ 188 milhões). O valor está bloqueado desde 2009.Essa não é a primeira vez que os advogados de Maluf têm de fazer pagamentos à Corte Real de Jersey, que fica no Canal da Mancha, ao lado do Reino Unido. O dinheiro cobrado pela Justiça de Jersey virá para a Prefeitura de São Paulo, que tenta recuperar os recursos supostamente desviados.Dos US$ 113 milhões bloqueados pela Justiça de Jersey, US$ 22 milhões são reclamados pela Prefeitura de São Paulo. O restante deve ficar com a União, que é beneficiada, em tese, nos casos de crime de lavagem de dinheiro.Do valor congelado, cerca de US$ 100 milhões são em ações da Eucatex. Maluf e o Deutsche Bank são acusados de terem feito uma operação financeira na qual usaram os recursos desviados da prefeitura para capitalizar a Eucatex.Maluf é acusado de ter desviado recursos públicos em sua gestão à frente da Prefeitura de São Paulo, entre os anos de 1993 e 1996, durante a construção do túnel Ayrton Senna e da avenida Roberto Marinho.Ele teria recebido US$ 344 milhões do valor desviado, segundo o Ministério Público. O deputado federal nega o desvio de recursos públicos, o controle sobre as empresas internacionais e a existência de contas em seu nome fora do país.Apesar de Paulo Maluf afirmar que não tem relação com as duas empresas, seus advogados alegam que a suposta fraude, os acusados e as testemunhas do suposto desvio são do Brasil, o que justificaria a remessa do processo.TransferênciaOs advogados das empresas do deputado federal Paulo Maluf queriam que a Justiça das Ilhas Jersey remetesse o processo sobre o bloqueio para o Brasil. Entretanto, a Corte Real diz que a transferência não tem fundamento porque o dinheiro está depositado em banco em Jersey, o que faz da ilha o fórum natural do caso.

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