Exército vai ajudar as polícias do Pará

O comandante do Exército Militar da Amazônia, Luis Carlos Gomes Mattos, está em Belém para participar de reunião de acompanhamento das atividades do Comando Militar em toda a região amazônica. Ele se reúne ainda com o governador Simão Jatene, por volta do meio-dia, para discutir assuntos de segurança e estratégia na região. O encontro entre as brigadas do exército ocorre hoje, 6, e amanhã, 7, no Quartel General da 8ª Região Militar.
A reunião de todas as brigadas do Comando Militar da Amazônia ocorre três vezes ao ano. Esta é a primeira vez em quatro anos que o encontro é sediado no Pará. O coronel David, responsável pela comunicação 8ª região, explicou que o pedido foi do comandante da 8ª Região Militar, Peixoto. O pedido, segundo o coronel David, foi antes das mortes no município de Nova Ipixuna e o anuncio do governo de reforço de envio de tropas para as áreas de conflitos agrários. "A reunião é realizada normalmente em Manaus, pois é o local onde está situada o Comando do Exército na Amazônia. Mas, coincidentemente, a data para o encontro das brigadas foi marcado para ocorrer no Pará no período posterior aos conflitos. Não foi nada emergencial", explicou o coronel David.
O outro motivo para a reunião em Belém é apresentar a cidade e atuação do exército na Amazônia Oriental. Entre os assuntos a serem discutidos, está o envio dos 130 militares mobilizados pelo exército brasileiro no Pará (85 de Belém e 45 de Tucuruí), que estão em treinamento desde o final de maio e partem para Haiti no dia 2 de agosto. Outro assunto, mas segundo o coronel David sem prioridade, é a participação do exército na operação Defesa da Vida, anunciada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na quinta-feira, dia 2. A operação prevê participação da Forças Armadas, Polícia Federal, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal no combate aos crimes relacionados a disputas por terra e desmatamento ilegal. Na reunião com o governador, é provável a discussão sobre o envio de tropas do exército para proteger as fronteiras do estado.