O nível de estrôncio radioativo na terra de algumas cidades da província de Fukushima aumentou até 26 vezes desde março, mas sem chegar a representar um risco à saúde, segundo dados do Ministério de Ciência do Japão divulgados pela emissora local NHK.
Ao todo, havia estrôncio 90 em 11 mostras de terra obtidas desde o fim de março até meados de maio em dez cidades da província de Fukushima, onde se encontra a usina nuclear afetada pelo terremoto seguido de tsunami de 11 de março.
As concentrações mais altas foram registradas nas localidades de Namie e Iitate, ambas dentro do perímetro de segurança de mais de 20 quilômetros ao redor da central de Fukushima Daiichi.
Os níveis recolhidos pelo Ministério nos dois municípios foram de 250 e 120 becquerels por quilo de terra, respectivamente, muito mais altos que os 9,4 e 32 becquerels registrados em 16 de março.
Nas demais localizações, as leituras estiveram entre 2 e 18 becquerels por quilo de terra.
O estrôncio foi detectado também na cidade de Fukushima, capital da província e situada cerca de 60 quilômetros da central, onde chegou arrastado pelos ventos que sopram sentido noroeste.
O governo, que não estabeleceu um limite seguro de exposição ao estrôncio, assegura que as quantidades detectadas não representam um risco imediato para a saúde e que são mínimas a respeito de outras substâncias emitidas pela usina, como o césio.
No entanto, há especialistas que advertem que o estrôncio, gerado pela fissão dos átomos de urânio, pode sim representar um risco, já que se acumula nos ossos e pode causar câncer ósseo e leucemia.
O governo estuda examinar mostras em um maior número de localizações na próxima análise, atendendo às reivindicações de alguns especialistas, informa a emissora NHK.
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