Treze dias depois de decretar estado de emergência, a nuvem completou a volta ao mundo -- primeiro chegou a Buenos Aires e Montevidéu e, pelo movimento de rotação da Terra, foram para a Austrália e Nova Zelândia -- e chegou novamente ao Chile, onde entrou pela região sul e afetou as operações entre Puerto Montt e Punta Arenas.
"Devido ao deslocamento das cinzas vulcânicas do Cordón Caulle rumo ao sul do Chile, a companhia aérea LAN teve de cancelar seus voos com pousos e decolagens nas cidades de Puerto Montt, Balmaceda e Punta Arenas", indicou nesta sexta-feira a companhia em seu site.
O conjunto de fumaça e cinzas do vulcão, situado a cerca de 950 quilômetros de Santiago, obrigou a evacuação de 4 mil pessoas de seus arredores, mas até o momento não tinha afetado o tráfego aéreo interno no Chile, já que os ventos sopraram-na em sentido leste.
Apenas quatro dias depois da erupção, a nuvem vulcânica começou a alterar as operações em aeroportos na Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil, e, no sábado passado, após percorrer mais de 9 mil quilômetros, obrigou também a suspensão de voos na Austrália e Nova Zelândia.
ARGENTINA
O governo da província argentina de Neuquen declarou emergência econômica para ajudar cidades afetadas pelas cinzas do vulcão chileno que prejudicou a pecuária e o turismo na região, que se preparava para as férias de inverno em que turistas vão esquiar na região.
O decreto fará com que as pessoas afetadas sejam beneficiadas, entre outras coisas, por isenções em alguns tributos.
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