Ministro afirmou que tem pressa em cumprir o programa F-X2
TerraEm seu discurso antes da entrevista, porém, o ministro da Defesa chegou a afirmar "que o Brasil tem pressa pelo F-X2". O programa militar se arrasta há muitos anos e tem três países como principais competidores: França, com os Rafale, EUA, com seus F-18 Super Hornet, e a Suécia, com os Gripen NG. Ainda na época do governo Lula, por questões de proximidade política com o então presidente Nicolas Sakozy, o Brasil ficou perto de anunciar a compra dos caças Rafale, os mais caros da concorrência, a um custo de R$ 16 bilhões, mas com maior transferência de tecnologia.
O ministro da Defesa do governo Lula, Nelson Jobim, teria, inclusive, engavetado um relatório da FAB que escolhia pelos caças norte-americanos, mais barato (R$ 9 bilhões), e com hora-voo mais barata (R$ 20 mil) - contra o dobro dos franceses. O Gripen NG tem o menor custo (R$ 8 bilhões), mas ainda é considerado um caça pouco testado. Amorim, ainda em seu discurso no Laad, enalteceu também o "momento de relação pacífica entre os vizinhos, e isso é importante para que nós nos certifiquemos que a América do Sul hoje é uma zona de paz".
"Por que tanta ênfase na defesa, então, se o entorno é absolutamente tranquilo? A resposta a este paradoxo é que o mundo é imperfeito. Os conflitos não foram banidos da face da Terra, novas ameaças sempre são sublinhadas. Existem as velhas ameaças", complementou Amorim, citando ainda o advento do pré-sal em seu argumento.
"É preciso uma defesa capaz de garantir nossa tranquilidade, que a população possa usufruir destes recursos do petróleo sem nenhum tipo de ameaça", concluiu na Laad, que se estenderá até a próxima sexta-feira (12) e é tido como o evento mais importante de segurança da América Latina, com a participação de cerca de 700 expositores de 40 diferentes países.
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