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terça-feira, 16 de abril de 2013

Uma das bombas estava dentro de uma panela de pressão

Segundo CNN, explosões foram ativadas por timer, não por um telefone celular

Martin Richard, 8, segura cartaz pedindo paz. O menino é um dos três mortos em atentado, na Maratona de Boston
Martin Richard, 8, segura cartaz pedindo paz. O menino é um dos três mortos em atentado, na Maratona de Boston - Reprodução/Facebook/Lucia Brawley
Pelo menos uma das bombas usadas no atentado desta segunda-feira na Maratona de Boston foi colocada em uma panela de pressão, escondida dentro de uma mochila, informou nesta terça a rede CNN, citando uma fonte policial. Outra fonte ouvida pela CNN afirmou que uma das bombas foi ativada com o uso de um timer, e não de um telefone celular, como suspeitou-se inicialmente. Um explosivo fabricado em uma panela de pressão também foi usado na tentativa fracassada de provocar uma explosão na Times Square, em Nova York, em 2010.

As informações fazem parte da série de detalhes que começaram a surgir em meio às investigações. Sabe-se por enquanto que os explosivos eram pequenos, possivelmente "uma mistura improvisada de baixa velocidade, talvez pólvora ou uma mistura de açúcar e clorato (de potássio)", apontaram especialistas, após analisar a fumaça provocada registradas por câmeras perto da linha de chegada da maratona.

Dois médicos que estão tratando alguns dos 176 feridos acreditam que os explosivos continham artefatos pontiagudos e pequenas esferas de metal, pois vários pacientes apresentaram feridas graves que continham esses objetos.
O congressista republicano Michael McCaul, que é membro do comitê de Segurança Nacional da Câmara dos Deputados, disse que as autoridades acreditam que os explosivos são "artefatos de panelas de pressão", similares às armas improvisadas usadas contra tropas americanas no Afeganistão e Iraque.
Segundo a emissora "Fox", em pelo menos um dos artefatos, a panela de pressão estava unida a uma tábua de madeira, à qual estava colada uma garrafa cheia de pregos, bolas de metal e chumbo.

Investigações - Ainda não há pistas sobre o motivo ou o responsável pelo ataque. “Nós iremos até o fim do mundo para identificar os responsáveis por esse crime desprezível, e faremos tudo o que pudermos para trazê-los à Justiça”, disse o agente especial do FBI responsável pela investigação em Boston, Richard DesLauriers. Em busca de pistas, os investigadores estão analisando imagens feitas pelo público durante a maratona.

Policiais e especialistas em explosivos revistaram na segunda-feira um apartamento nas imediações de Revere, em Massachusetts, mas nenhum suspeito foi detido até agora. A busca estava ligada a um estudante saudita ferido no ataque, que foi interrogado. Três outros estudantes sauditas moravam no apartamento. Nesta terça, porém, um policial disse que o homem não estava envolvido no ataque.
Terrorismo - Para as autoridades americanas, trata-se de um ato terrorista. "O FBI (polícia federal americana) investiga o ocorrido como um ato de terror. O que não sabemos é quem o realizou, se foi um grupo estrangeiro ou americano, ou se foi uma ação de um único indivíduo. Até agora, tudo é especulação", afirmou o presidente Barack Obama, em declaração na Casa Branca transmitida ao vivo para todo o país, nesta terça.
O atentado ocorreu por volta das 14h50, pelo horário local (15h50 de Brasília), mais de 4 horas depois do início da prova e quando mais da metade dos 27.000 participantes já havia cruzado a linha de chegada.

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