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quinta-feira, 18 de abril de 2013

EUA acenam com ampliação "moderada" do Conselho de Segurança da ONU

Em visita a Brasília, representante americana alegou que expansão ampla pode comprometer eficiência

Terra

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A representante permanente dos Estados Unidos junto às Nações Unidas, embaixadora Susan Rice, admitiu que os Estados Unidos apoiam uma ampliação do Conselho de Segurança da ONU, porém de maneira “modesta e pragmática” e sem poder de veto aos eventuais novos membros. O Brasil é candidato a um assento permanente do colegiado assim como Alemanha, Japão e Índia, mas nunca recebeu apoio formal dos Estados Unidos.

“Nós somos abertos a uma modesta expansão dos membros permanentes e não permanentes. Acreditamos que é muito importante que essa expansão não seja tão grande que o conselho perca sua eficiência e não defendemos a expansão do poder de veto além dos atuais cinco”, afirmou Rice, em coletiva de imprensa no Palácio Itamaraty, em Brasília.

O Conselho de Segurança tem como membros permanentes apenas Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China e reflete as nações vitoriosas da Segunda Guerra Mundial. As mudanças geopolíticas, no entanto, fazem com que a comunidade internacional pressione por uma mudança na instituição, de modo a refletir o aumento da importância de outros países.

“Nós apreciamos muito que o Brasil aspira a ser um membro permanente e nós reconhecemos a crescente responsabilidade global que o Brasil tem assumido no espectro dos temas que discutimos hoje, incluindo paz e segurança, direitos humanos, apoio à democracia”, disse a embaixadora americana.

Em 2010, o acordo entre Brasil, Irã e Turquia para garantir troca de urânio levemente enriquecido por urânio enriquecido a 20% ao país controlado por Ahmadinejad irritou os Estados Unidos. Segundo relatos da época, Susan Rice teria questionado o representante francês no Conselho de Segurança sobre o apoio de Paris à aspiração brasileira.

Os Estados Unidos costumam felicitar o Brasil por sua candidatura a um assento permanente, mas se esquivam em fazer um apoio formal. Antes de visitar o Brasil, em 2011, o presidente americano Barack Obama declarou apoio à Índia, por exemplo.

Segundo o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, uma reforma do Conselho de Segurança é uma questão urgente. “Se nós demorarmos muito, existem riscos inerentes a essa demora. Não podemos nos permitir a uma ONU e um Conselho que perca a legitimidade, que decisões não sejam levadas a sério. Já existem situações em que os impasses do Conselho de Segurança são levados à Assembleia Geral com a frustração de ausência de decisões do Conselho”, afirmou.

Patriota alegou que o Brasil tem credenciais para ingressar no colegiado por ter presença regional e global. Ele disse alegou ainda que o Brasil mantém relações diplomáticas com o todos os países-membro da ONU e ainda com a Palestina – que ainda não é reconhecida como Estado pelas Nações Unidas.

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