A saúde de Dzhokhar Tsarnaev passou de 'grave' para 'regular' nesta terça-feira
População se
reúne durante um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do atentado
Maratona de Boston em Copley Square, perto dos locais do bombardeio -
Mario Tama/Getty Images
Dzhokhar e Tamerlan, de origem chechena, passaram nos últimos anos por um processo de auto-radicalização - a mudança teria ocorrido por meio de páginas na internet e em função da rejeição ao comportamento americano em relação ao mundo muçulmano. Segundo Dzhokhar, os dois perpetraram os atentados por motivos religiosos e atuaram sozinhos - não tinham contatos com grupos terroristas nacionais ou internacionais.
Segundo funcionários próximos à investigação citados pelo Post, Dzhokhar se referiu especificamente à guerra do Iraque - país do qual os EUA retiraram suas últimas tropas em dezembro de 2011 - e do Afeganistão - onde os soldados americanos permanecerão até o final de 2014, de acordo com um plano do presidente Barack Obama.
Acusados - De acordo com o escritório da promotoria dos Estados Unidos, a saúde de Dzhokhar está agora em condição "regular" no centro médico Beth Israel Deaconess, uma melhora em relação ao estado "grave" apontado inicialmente. Indiciado na segunda-feira pelo "uso de armas de destruição em massa contra pessoas e propriedades", ele pode ser condenado à morte ou à prisão perpétua.
Tamerlan morreu em um tiroteio com a polícia na noite da última quinta-feira. Segundo Dzhokhar, seu irmão foi o mentor do atentado realizado na semana passada durante a Maratona de Boston com bombas fabricadas com panelas de pressão. Três pessoas foram mortas, entre elas uma criança de oito anos. Um total de 282 pessoas foram atendidas em diferentes hospitais de Boston após os atentados, segundo dados da Comissão de Saúde Pública da cidade.
Viúva - O advogado de Katherine Russell, viúva de Tamerlan, disse que ela vai cooperar com os investigadores. Ela "fará tudo o que puder" para ajudar na investigação, afirmou Amato DeLuca, defensor da jovem americana de 24 anos, nascida em Rhode Island e convertida ao islamismo.
Segundo o advogado, Katherine, que mudou seu sobrenome para Tsarnaeva, ficou "em choque absoluto" ao saber da participação do marido e do cunhado no atentado. DeLuca afirmou que a viúva de Tamerlan não sabia dos planos dos irmãos para colocar bombas na chegada da Maratona de Boston de 15 de abril. Segundo o advogado, sua cliente soube do fato pela imprensa.
Katherine, que usa o véu muçulmano, refugiou-se na casa de seus pais em Rhode Island, longe dos meios de comunicação e segundo seu advogado está profundamente consternada pelo ocorrido. Tamerlan Tsarnaev e sua esposa tiveram uma filha. Segundo a imprensa americana, o casal pode ter enfrentado problemas relacionados a maus-tratos.
(Com agências EFE e Reuters)
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