Bombas explodiram perto da linha de chegada da Maratona de Boston.
FBI diz que investigação é criminal, mas que tem 'potencial' de terrorismo.
As duas fortes explosões ocorreram na chegada da Maratona. Segundo a polícia, as explosões foram causadas por duas bombas "poderosas".
Entre os mortos, segundo o jornal “The Boston Globe”, está um menino de 8 anos de Dorchester, nas proximidades de Boston. Segundo o jornal, a mãe e uma irmã de Martin Richard tiveram ferimentos graves na explosão.
O número de feridos ainda não é definitivo. O governador de Massachusetts, Deval Patrick, disse em uma entrevista para a imprensa que mais de cem pessoas ficaram feridas, algumas gravemente.
Segundo a agência Associated Press, oito hospitais de Massachusetts informaram que pelo menos 144 pessoas receberam atenção médica. Destas, 17 estavam em estado grave.
A rede CNN também diz que há 144 pessoas feridas - incluindo oito crianças. O "Boston Globe" diz que esse número é de mais de 130.
"Pedimos que todos estejam vigilantes. Qualquer atitude fora do comum por favor nos avise", disse Deval Patrick. O governador informou ainda que o local da maratona ficará isolado por mais um ou dois dias.
Segundo a rede CNN e a agência Reuters, autoridades estariam tratando o caso como "ato de terrorismo". Uma autoridade ouvida pela Reuters disse que é necessário descobrir se se trata de algum grupo nacional ou estrangeiro.
Agentes do FBI e da Segurança Nacional foram vistos entrando em um complexo de apartamentos na Ocean Avenue, em Water’s Edge. Diversos veículos da polícia foram vistos no entorno do local.
O Corpo de Bombeiros de Revere informou ter sido acionado para auxiliar a polícia em uma busca em um apartamento de uma “pessoa de interesse”, segundo uma nota do departamento.
As explosões geraram uma cena de caos na cidade, com feridos e escombros pela rua e movimento de paramédicos. Por precaução, a agência de aviação civil dos EUA fechou o espaço aéreo sobre a região de Boston.
Uma rádio local informou que a primeira explosão ocorreu perto de uma loja de equipamentos esportivos e a outra próximo a uma arquibancada. Segunda a TV CBS, as duas explosões foram quase simultâneas. Elas teriam ocorrido por volta das 14h45 locais (15h45 de Brasília), na Boylston Street, altura do número 673, de acordo com uma repórter da WBZ-TV.
Testemunhas falam ter visto feridos graves, com membros amputados, e muito sangue.
A prova deste ano era disputada por pelo menos 131 corredores brasileiros. O Itamaraty afirmou que não há registro de vítimas brasileiras.
Um porta-voz do evento disse a jornalistas que o hotel que servia como sede da maratona foi bloqueado após a explosão e que ninguém teria permissão de sair ou entrar do prédio.
O canadense Mike Mitchell, de Vancouver, um atleta que terminou a maratona disse que estava olhando para trás na linha de chegada e viu uma "explosão enorme". A fumaça subiu 15 metros, disse Mitchell. As pessoas começaram a correr e gritar após ouvirem o barulho, acrescentou. "Todo mundo está assustado", disse Mitchell.
Terceira explosão
A polícia também havia informado que uma terceira explosão atingiu a Biblioteca e Museu Presidencial JFK, também em Boston, a 5 quilômetros do local da maratona. Rachel Day, porta-voz da biblioteca, disse que houve um incêndio no local, mas sem feridos.
Segundo a polícia, esta explosão não estava relacionada com as da maratona. O comissário de polícia Ed Harris disse que não havia nenhuma ameaça anterior aos incidentes. Ele negou boatos da imprensa de que um suspeito estaria sob custódia da polícia, mas disse que vários suspeitos estão sendo interrogados.
Os policiais também pediram que a população não se reúna em grupos e que procure se manter em suas casas.
Nova York em alerta
O departamento de polícia de Nova York aumentou a segurança nos principais marcos turísticos de Manhattan, incluindo áreas próximas de importantes hotéis, disse o vice-comissário da polícia local, Paul Browne. Browne afirmou à Reuters que a polícia de Nova York estava enviando veículos de contra-terrorismo para toda a cidade.
A polícia de Washington também aumentou o nível de segurança. Um cordão de isolamento foi posto em frente à Casa Branca, residência oficial do presidente.
Obama
O presidente dos EUA, Barack Obama, mandou reforçar a segurança no país após o incidente e prometeu investigá-lo "a fundo". Obama foi informado sobre o incidente por Lisa Monaco, conselheira de Segurança Interna, por Bob Mueller, diretor do FBI e por outros funcionários.
Ele ofereceu ao prefeito de Boston, Tom Menino, e ao governador de Massachusetts todo o apoio necessário.
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