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PÁTRIA
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Bancários entram em greve em todo o Estado
Bancários entram em greve hoje por tempo indeterminado. Esta foi a decisão da assembléia reunida ontem à noite no Sindicato dos Bancários do Ceará. Até o momento, a adesão é de 641 grevistas no Estado. No Brasil, já deflagraram o movimento bases sindicais de todas as região do país. São Paulo, Rio, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Acre, Piauí, Bahia, Paraná, Santa Catarina e Amazonas foram os primeiros a manifestaram os resultados das votações.Assim como nas últimas paralisações, todos os postos de atendimento e serviços de internet funcionam normalmente. Estão disponíveis também os correspondentes não bancários, tais como lotéricas, supermercados e caixas em lojas e conveniências. Em Fortaleza, os bancários devem paralisar a 166 agências dos bancos públicos e privados, mas os 421 postos de atendimento funcionam.Do mesmo modo no Interior, onde os servidores dos 362 bancos entram em greve enquanto os 860 postos com caixas eletrônicos atendem a demanda de pagamentos de boletos, saques, depósitos e transferências.Desta vez, os bancários pedem reajuste de 10% do salário enquanto os bancos oferecem 4,5%. Além disso, reivindicam o programa de participação nos lucros e resultados das empresas equivalente a três salários mais R$ 3.850 fixos. Os grevistas pedem ainda valorização dos pisos salariais, preservação dos empregos, mais contratações e aumentos nos auxílios creche/babá, refeição, segurança e previdência complementar para todos os funcionários.Sobre a participação nos lucros, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou proposta de acordo para pagamento em duas partes. A primeira com meio salário e 4% do lucro de 2009 e a segunda uma distribuição entre todos os empregados no valor de até R$ 1.500,00. Os auxílios propostos pela Fenaban resultam no valor de R$1.611,57.O presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra, disse que as negociações de reajuste já vem sendo feitas a mais de um mês e que a proposta feita pelos banqueiros chega a ser inferior ao do ano passado. "Nós queremos estender a pauta para além das questões econômicas, cobrando dos bancos a responsabilidade social e a valorização dos bancários. Precisamos, antes de tudo, estarmos unidos na luta".
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