O dólar comercial fechou em desvalorização nesta quarta-feira (16), atingindo o menor valor desde 22 de setembro. A moeda norte-americana perdeu 0,38%, com cotação final de R$ 1,80.Em 22 de setembro do ano passado, pouco depois da eclosão da crise financeira internacional, a moeda fechou a R$ 1,793. Ao longo da jornada desta quarta, o dólar chegou a ser cotado a R$ 1,796.
Entre agosto de 2008 e março de 2009, a moeda viveu um período de grande valorização, até chegar a R$ 2,442 em 2 de março último.
"Hoje o ambiente é bastante positivo, com sinais mais claros de que os Estados Unidos estão se recuperando. O dólar respondeu a esses fatores com queda", disse o diretor de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel.
Desvalorização no exterior
A queda do dólar na cena local era endossada ainda pelo recuo da moeda no exterior, ao mesmo tempo em que renovava as mínimas ante o euro e uma cesta com as seis principais divisas mundiais, contra a qual perdia 0,39% no final da tarde. No exterior, os investidores se mostravam mais confiantes com perspectivas de uma recuperação da economia norte-americana. O mote eram notícias ligadas a fusões e aquisições, além de números mostrando que a produção industrial daquele país avançou pelo segundo mês consecutivo em agosto.
Compra de dólares
Nesta quarta, o Banco Central (BC) manteve as atuações diárias no câmbio, comprando moeda americana em leilão no mercado à vista. De acordo com comunicado do Departamento de Operações de Reservas Internacionais (Depin), a operação teve início às 15h30 e terminou às 15h40. A taxa aceita ficou em R$ 1,8004.
Ajuste de posições
Alguns profissionais do mercado que já ajustam suas posições falam agora em colocar o próximo suporte ao dólar em R$ 1,78 ou até R$ 1,75. Mas Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora, alerta para a solidez no curto prazo da atual subida da moeda brasileira. "Depois dos últimos dias, o movimento de alta das ações, commodities e moedas pode estar acima dos fundamentos", afirmou, em relatório. "Ao menor sinal dos números que confirme esta realidade, os investidores em ativos de risco podem redirecionar suas posições e provocar movimentos um pouco mais bruscos aos preços dos ativos internacionais e locais."
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