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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Mapa trará o Raio X do crime-FORTALEZA Ce

O levantamento feito diariamente pelo jornal sobre os homicídios poderá ser visto por leitores na internet.Os leitores têm acompanhado, nos últimos meses, as contundentes denúncias do Diário do Nordeste sobre o aumento exponencial no número de homicídios ocorridos na Região Metropolitana de Fortaleza em 2010. Seguindo a linha dos principais jornais do País, que mostram a apreensão e preocupação das pessoas pelo estado crítico vivenciado nos maiores centros urbanos, o Diário inova e mostra através de um mapa revelador em seu site (www.diariodonordeste.com.br), não apenas a frieza dos números, mas a localização dos 647 ocorridos em Fortaleza e sua região metropolitana desde o início de 2010.>> Confira aqui o mapa de homicídios do Diário do Nordeste.O serviço já está disponível na página inicial do Diário Online. Através do Google Maps, as mortes foram pontuadas de acordo com o endereço do fato ocorrido, com informações de data, hora, arma utilizada e nome da vítima.FrequênciaCom isso, é possível ao leitor ter uma referência dos bairros e localidades onde estão ocorrendo com maior frequência os homicídios, o que, além de se configurar como serviço público, serve como referência às autoridades para futuras políticas públicas sobre o tema.Os dados que alimentam o mapa de homicídios do Diário do Nordeste são fruto do trabalho jornalístico da Editoria de Polícia. Por conta da dificuldade no acesso aos números oficiais, a equipe se impôs à tarefa de catalogar todos os assassinatos apurados na cobertura diária da violência.Com a lista de todas as ocorrências dos quatro primeiros meses do ano e dos dez primeiros dias de maio, a equipe do Diário Online montou o trabalho de colocar no mapa cada homicídio apontado. O número de assassinatos cadastrados foi tão grande, até o presente momento, que a visualização dos assassinatos no mapa está dividida em páginas pelo Google Maps. Diariamente, as atualizações serão realizadas. O serviço também disponibilizará, a partir dos próximos meses, links com mais informações sobre os fatos que venham a ocorrer, além de imagens e vídeos. Dessa forma, poderá ser convergido o trabalho de jornalismo do Diário e dos outros veículos de comunicação do Sistema Verdes Mares.ParticipaçãoO mapa dos homicídios abre também a possibilidade da participação dos internautas para sugestões a partir do lançamento do serviço. Com a participação da população e o trabalho de checagem da equipe de jornalismo, para que haja certificação da veracidade do fato, é possível ter a noção do quanto, como e onde a violência vem atingindo os habitantes da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).O leitor deve enviar os dados (nome da vítima, arma utilizada, pontos de referência, data e horário do ocorrido, bem como seus contatos para confirmação) para diarioonline@diariodonordeste.com.br.Todas as informações serão verificadas pela equipe do caderno de Polícia e depois catalogados pelos profissionais do Diário Online inclusive citando a fonte se assim for autorizado pelo remetente.O número de assassinatos em alguns bairros de Fortaleza tem destacado as regiões negativamente. No mapa, os bairros que mais têm registros de homicídios são: Bom Jardim, Barra do Ceará, Barroso, Vicente Pinzón e algumas regiões do Município de Caucaia. A tendência é confirmada nos quatro primeiros meses do ano. Destes, o Bom Jardim é apontado como o principal bairro onde ocorrem homicídios na Capital. O problema foi relatado em matéria publicada no Diário, dia 3 de maio. ESTUDO-Pesquisador ressalta a importância do trabalhoO estudo dos fenômenos da violência tem recebido cada vez mais atenção de pesquisadores. Há 15 anos, o Laboratório de Estudos da Violência (LEV), vinculado ao Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC), observa atentamente o trabalho jornalístico de conteúdos policiais no Estado do Ceará.Para o professor e pesquisador Ricardo Arruda, do LEV, o mapa do Diário do Nordeste se tornará um instrumento importante. "Esse trabalho que o jornal passa a fazer é um raio-x da situação que vivemos. É um reflexo da falta de políticas públicas nas comunidades mais carentes", avalia o professor.Além disso, o mapa pode se tornar um suporte ao estudo dos principais especialistas do tema no Estado. O professor Ricardo Arruda acredita que a população também terá maior possibilidade de se informar à respeito da violência."Para o cidadão comum, é uma forma de saber as regiões onde se deve ou não passar em períodos noturnos. Além disso tudo, vai servir como subsídio para a Universidade, para os nossos trabalhos acadêmicos", afirma. Como pesquisador, Ricardo Arruda aponta a dificuldade de obter dados sobre a violência, a partir da pouca contribuição dos órgãos de segurança pública no Estado. "Não deveria haver nenhum tipo de barreira para sabermos números da violência, mas é difícil", avalia.

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