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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Polícia localiza outros três filhos-netos de lavrador no MA

A Polícia Civil de Pinheiro (340 km de São Luís), no interior do Maranhão, localizou os três filhos-netos desaparecidos do lavrador José Agostinho Bispo Pereira, 54, preso em flagrante por suspeita de abusar sexualmente da filha por mais de 16 anos.

De acordo com a polícia, o lavrador teve oito filhos-netos. Sete deles com Sandra, 29, e um com uma outra filha, que conseguiu escapar do lavrador meses atrás.

No momento do resgate, na terça-feira (8), dois filhos se assustaram e se esconderam no mato. A polícia já conseguiu localizá-las e um deles foi encaminhado ao Conselho Tutelar de Pinheiro.

O outro já é adolescente e permanece em uma casa próxima à que vivia. Policiais estão tentando convencê-lo a aceitar o tratamento.

O oitavo filho-neto, um bebê de menos de dois meses, também foi encontrado. Logo após dar à luz, Sandra entregou a criança a um tio que também vive no município. Representantes do Conselho Tutelar estiveram com o menino e dizem que ele passa bem.

"A criança está bem cuidada, em uma situação bem diferente dos irmãos que viviam com o lavrador", afirmou a conselheira Rosane de Jesus Castro.

Moradores de um casebre de palha sem água e sem luz, Sandra e os filhos, com idades entre dois meses e 13 anos, viviam também sob ameaça para não fugir do local, uma ilha fluvial sem acesso por terra.

Crime

Pereira foi preso em flagrante na noite de terça-feira e, de acordo com a polícia, confessou o crime e responderá por cárcere privado e estupro de vulnerável, além de abandono material, abandono intelectual, maus-tratos, pelas condições em que se encontravam a jovem e as crianças. Ele está detido na Delegacia Regional de Pinheiro.

Segundo os delegados responsáveis pela investigação, o acusado começou a abusar da filha quando ela tinha 12 anos e, desde então, vivia maritalmente, escondido no povoado.

A equipe de resgate encontrou os meninos e meninas com fome e praticamente sem roupas. As crianças têm 1, 3, 6, 8, 10, 13, além de um bebê que tem entre um e dois meses.

"O lugar parecia um chiqueiro. O chão era de areia, uma imundície", diz José de Ribamar Brito, do Conselho Tutelar de Pinheiro, sobre o casebre onde o lavrador manteve a filha em cárcere. Segundo o conselheiro, as crianças achadas têm dificuldade de comunicação e são bastante arredias. Tanto as crianças quanto a mãe não sabem ler nem escrever.



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