Volume de importações superou em 1,276 bilhão de dólares o de exportações no segundo mês do ano, segundo o MDIC; déficit do primeiro bimestre soma 5,3 bilhões de dólares ante superávit de 399 milhões de dólares no mesmo período de 2012
Porto de Tubarão, no Espírito Santo. Governo espera que o
défict acumulado no ano seja revertido no segundo trimestre
(Robson Freitas)
Analistas esperavam um déficit de 500 milhões de dólares. Foi o segundo mês consecutivo de déficit comercial, ainda sob a influência do registro atrasado de aquisições de gasolina feita pela Petrobras no exterior em 2012, mas que estão sendo contabilizadas somente neste ano, elevando as importações. Em janeiro, o déficit havia ficado em 4 bilhões de dólares, também o pior resultado para o mês desde 1959.
Em fevereiro, o volume de exportações caiu 13,7% sobre o mesmo mês de 2012. Pela média diária, as vendas externas caíram quase 9% no mês passado sobre 2012. Os embarques para a China cresceram 2,3% pela média diária na comparação com fevereiro de 2012, enquanto que para os Estados Unidos caíram 25,4% e, para a União Europeia, 18,3%.
Já as importações de fevereiro ficaram praticamente estáveis em relação a igual mês de 2012. Mas, pela média diária houve alta de quase 3% em fevereiro sobre janeiro. No mês passado, as importações de combustíveis e lubrificantes somaram 3 bilhões de dólares. Pela média diária, que somou 166,7 milhões de dólares, houve alta de 37,5% sobre um ano antes.
Com isso, o ano acumula déficit comercial de 5,312 bilhões de dólares. No mesmo período do ano passado, o saldo estava positivo em 399 milhões de dólares.
A expectativa do governo é que os saldos deficitários na balança comercial sejam revertidos no segundo trimestre, com o início dos embarques da safra agrícola brasileira e com as exportações de minério de ferro com preços superiores aos praticados em 2012.
(com agência Reuters)
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