Entre 1980 e 2010, número de vítimas anuais passou de 8.710 para 38.892
AEO estudo considerou ocorrências de três tipos: óbitos acidentais, por agressão intencional de terceiros (homicídios), autoprovocados (suicídios) ou de intencionalidade desconhecida, "cuja característica comum foi a morte causada por uma arma de fogo".
No entanto, a pesquisa deixa claro que os homicídios, com crescimento de 502,8% no intervalo de tempo, foram os responsáveis por puxar o grande aumento das mortes por armas de fogo no País. No mesmo período, os suicídios com armas de fogo registraram aumento de 46,8% e os óbitos por acidentes, por sua vez, caíram 8,8%.
Vulnerabilidade
O Mapa da Violência também mostra que a população jovem é a mais vulnerável. "Entre os jovens, o crescimento da mortalidade por armas de fogo foi mais intenso ainda. Se no conjunto da população os números cresceram 346,5% ao longo dos 30 anos, entre os jovens esse crescimento foi de 414%", escrevem os autores na publicação.
Entre os jovens, se considerados apenas os homicídios, o crescimento da mortalidade por armas de fogo também foi acelerado (591%). Na população como um todo, a variação foi de 502,8%.
Para o coordenador do estudo, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, o aumento da violência entre os jovens se deve, entre outras razões, à exclusão da educação. "São pessoas que encontram pouca inserção: não estudam, não conseguem trabalho e sem perspectiva de futuro", comentou à Agência Brasil.
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