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domingo, 28 de novembro de 2010

Após ocupar Alemão, secretário diz que polícia chegará à Rocinha e Vidigal

O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou em entrevista coletiva neste domingo que a polícia vai permanecer ocupando o Complexo do Alemão, "o coração do mal" em suas palavras. Ele disse também que a ocupação policial irá se estender às favelas da Rocinha e do Vidigal, para onde traficantes podem ter fugido, segundo rumores. Beltrame não especificou quantos homens ficarão nas favelas do Alemão nem quando as outras duas comunidades poderiam vir a ser ocupadas.
"Há inteligência aqui nesse prédio [da secretaria] e, se se chegou no Alemão, também vamos chegar no Vidigal e na Rocinha", disse, ressaltando a importância de retomar os territórios do tráfico. "Vai haver a manutenção de policiamento que vai permanecer naquela região."
"O Alemão era o coração do mal e um lugar emblemático para todo o Rio de Janeiro, onde nós tínhamos uma convergência de marginais municiados. Então eu acho que, para a polícia, isso é uma vitória sim e, para os marginais, é uma perda de moral", afirmou. Em relação à falta de reação dos traficantes e a eventual fuga dos chefes do tráfico no Alemão, o secretário disse: "Como acontece nas operações de instalação de Unidades de Polícia Pacificadora, não há reação à altura, diante de uma ação de planejamento estruturada (...) Vocês estão vendo que essas pessoas [traficantes] em algum momento, em uma ação mais à frente, mais atrás, elas são capturadas."
"Marginal sem arma, sem casa, sem território, sem moeda de troca, é muito menos marginal", disse Beltrame, que garantiu que as buscas nas casas de moradores foram feitas em "situação de flagrante ou com autorização dos moradores".
Questionado sobre porque o conjunto de favelas não fora ocupado anteriormente, o secretário afirmou que a ação não fácil e que sua rapidez se deveu ao planejamento. Em 2007, o próprio Beltrame e o então secretário nacional de Segurança, Antonio Carlos Biscaia, afirmaram que o Alemão e a Rocinha seriam pacificados antes de receberam obras do chamado PAC. BALANÇO
Ao fim da entrevista, a secretaria divulgou uma estimativa de que 20 pessoas foram presas hoje, com a utilização de 2.700 homens das polícias Militar e Civil, além das Forças Armadas.
O balanço parcial também aponta que foram apreendidos de 50 fuzis e 40 toneladas de maconha. Não foi divulgado o número de mortos e a quantidade de cocaína apreendida.
Até as 13h deste domingo, havia o registro de pelo menos 50 pessoas mortas na onda de violência que começou há uma semana. Deste total, foram 36 mortes de suspeitos registradas pela PM, 7 mortes registrados pela Polícia Civil e 7 registradas pelos hospitais públicos do Rio.

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