
A informação foi confirmada pelo advogado do ex-procurador de Justiça, Cezar Bitencourt, e pela Agência Estado. O advogado, no entanto, negou o envolvimento do ex-procurador com qualquer crime. O Ministério Público não se pronunciou sobre as denúncias. Em outras oportunidades, a defesa da promotora negou que ela tivesse envolvimento com irregularidades.O advogado de Deborah, Pedro Paulo Guerra de Medeiros, disse ao G1 que não poderia comentar o caso.
Deborah e Bandarra são apontados pelo ex-secretário de Relações Institucionais do DF e delator do suposto esquema de corrupção, Durval Barbosa, de fazerem parte de uma lista de pagamento de propina durante o governo de José Roberto Arruda.Em depoimento ao Ministério Público, Durval afirmou que Bandarra teria recebido mais de R$ 1,6 milhão, além de uma "mesada", para interferir no Ministério Público e impedir investigações sobre os contratos do governo distrital com empresas de coleta de lixo. Débora Guerner também se beneficiaria do suposto esquema.Segundo o advogado de Bandarra, durante acareação realizada nesta quinta no Conselho Nacional do Ministério Público, Durval teria dito que ouviu de Arruda a afirmação de que Bandarra recebia propina para que o Ministério Público do DF não investigasse supostas irregularidades em contratos do governo do Distrito Federal.Bitencourt, porém, disse que Arruda nega que tivesse feito a acusação ao procurador e atribui a denúncia a pressões de promotores que seriam “desafetos” do ex-procurador de Justiça. “O

"Nenhuma declaração vinda de Sombra ou de Durval tem qualquer relevo jurídico para a defesa de Arruda. No momento oportuno, na defesa no STJ [Superior Tribunal de Justiça], eles serão na prática desmascarados. São partícipies de uma organização que tem uma conduta interiramnte fora das normas corretas", afirmou Machado.Bandarra é acusado ainda de ter vazado informações privilegiadas sobre a operação de busca e apreensão da Operação Megabyte, da Polícia Federal, realizada em empresas de informática contratadas pelo governo do DF.A denúncia contra Bandarra e Deborah foi encaminhada ao gabinete do desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Antonio Souza Prudente. Após serem citados, os envolvidos têm dez dias para se defender, e só depois o desembargador vai decidir se eles serão processados.
O ex-procurador e a promotora respondem ainda a processo administrativo, no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), paralelo ao inquérito na Justiça Federal.CasoBandarra foi procurador-geral de Justiç

Arruda chegou a ser preso, deixou o DEM para não ser expulso e foi cassado pela Justiça Eleitoral. Paulo Octávio renunciou ao cargo para defender-se das acusações. Durante meses, o DF esteve ameaçado de intervenção federal, devido ao suposto envolvimento de deputados distritais, integrantes do Ministério Público e do Executivo com o esquema denunciado por Durval Barbosa.
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