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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Lula nega que tenha tratado de empréstimo para banco PanAmericano com Silvio Santos

Antes de deixar Maputo e seguir para Seul, para reunião do G20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a operação feita pelo banco Panamericano foi legal, mas afirmou que não tratou do assunto com o empresário Silvio Santos."O banco Panamericano do Silvio Santos tomou o empréstimo dos próprios bancos, do fundo garantidor dos bancos. O fundo garantidor existe exatamente para isso, para o Panamericano e para qualquer outro banco que precise. Se amanhã o Banco do Brasil tiver um problema e quiser dinheiro ele vai no fundo garantidor e toma dinheiro emprestado", afirmou Lula.
Silvio Santos se reuniu com o presidente mês passado, no Palácio do Planalto. Segundo o empresário, no encontro, pediu a Lula doação para o Teleton. "Não [conversei com Silvio Santos] porque não é assunto do presidente da República. O presidente não empresta dinheiro, não faz negócios com bancos e não fiscaliza bancos. Isso quem faz é o Banco Central do Brasil", disse.
Sobre a decisão do TCU (Tribunal de Contas da União) de recomendar a suspensão de 32 obras públicas por apresentar graves irregularidades, Lula disse que nem sempre o que o órgão constata é verídico. "O TCU investiga, manda seus engenheiros e seus técnicos, eles constatam algumas coisas e, nem sempre o que constatam é verídico", afirmou.
Segundo o presidente, as investigações fazem parte da "normalidade administrativa" do país e os ministérios ou empresas atingidas pela suspensão irão recorrer da decisão.
INTERVENÇÃO
A Caixa Econômica Federal anuncia nesta quarta-feira, em uma ação conjunta com o Banco Central, uma espécie de intervenção "branca" no PanAmericano, segundo a Folha apurou. O banco informou ontem que receberá do Grupo Silvio Santos aporte de R$ 2,5 bilhões, após a constatação de "inconsistências contábeis que não permitem que as demonstrações financeiras reflitam a real situação patrimonial da entidade".
A Caixa comprou 35,54% do capital social do PanAmericano em novembro de 2009, em uma operação de R$ 739,2 milhões. A negociação foi aprovada pelo Banco Central em julho deste ano, no último passo para a finalização da operação.
Com 49% do capital votante e 20,69% das ações preferenciais, a Caixa tem o direito de indicar igual número de membros para o Conselho de Administração do banco que a holding Silvio Santos, sócia majoritária da instituição financeira. Pelo acordo de acionistas, a presidência do Conselho seria alternada anualmente com a indicação da CaixaPar (Caixa Participações) e do grupo pertencente ao apresentador de TV.
Além desses direitos, a Caixa deverá colocar funcionários em cargos executivos na direção do Panamericano, segundo informações de pessoas próximas à operação.

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