Tolga Bozoglu - 22.mar.12/Folhapress | ||
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, em entrevista coletiva |
"Convidamos o Brasil a continuar o desenvolvimento do que eles começaram [Copa]. Pelo menos votaram a lei no Congresso. A bola está no campo deles agora para jogar. Queremos atos e não mais só palavras", afirmou o dirigente.
Sua resposta foi após uma pergunta ao secretário-geral Jérôme Valcke sobre suas declarações de que o país deveria levar "um chute no traseiro" para acelerar as obras. Blatter não permitiu que ele respondesse e falou sobre o assunto.
Ele afirmou que Valcke já pediu desculpas pela declaração e entende que este caso está encerrado com as autoridades brasileiras. "Situação encerrada", disse ele, que confirmou que Valcke continua a ser o encarregado da Fifa para o Mundial.
Em uma reunião na Suíça nesta semana, membros da Fifa já tinham cobrado o Brasil por causa dos atrasos nas obras para o Mundial.
Na ocasião, integrantes do COL (Comitê Organizador Local) projetaram mais gastos para aprontar estádios até a Copa das Confederações de 2013, evento que servirá de teste. Oficialmente, o comitê negou.
Além da preocupação com obras em alguns estádios, as críticas ao andamento da modernização de aeroportos, ao número reduzido de hotéis e ao transporte interno local, também já tinham sido feitas.
LEI GERAL DA COPA
Só na quarta-feira, os deputados aprovaram nesta quarta-feira a Lei Geral da Copa, sem a liberação explícita da venda de bebidas alcoólicas durante o Mundial e a Copa das Confederações.
Destaques que pediam a inclusão no texto, de forma explícita, a proibição da venda de bebidas, foram rejeitados pelos deputados.
O projeto agora segue para análise do Senado. Se a redação for mantida, a Fifa poderá ter que negociar diretamente com os 7 dos 12 Estados-sede da Copa que vedam o consumo em suas arenas.
A cúpula da Fifa se irritou com o fato de não ter sido liberada a venda de álcool na Lei Geral da Copa. Mas não deve ter dificuldade para impor a comercialização de bebidas aos Estados.
O contrato entre as cidades-sedes do Mundial e a entidade (chamado de "Host Agreement") impõe a facilitação de todas as necessidades dos parceiros da Fifa, segundo apurou a Folha.
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